Independência de um povo sofrido

Nesta semana comemoramos a independência do nosso país. Mas, até onde vai a independência desse povo sofrido que vive a mercê das opressões e desigualdades políticas? Através do nosso voto elegemos os que deveriam ser nossos representantes e lutar pela causa do povo. No entanto, o que vemos é a luta da maioria por interesses individuais. Muitas vezes, não se olha para o lado para não se comprometer com certas situações e, quando se olha, há o convencimento de que tal situação é normal, como meio de se eximir de culpa.

Há pessoas sofrendo, física e psicologicamente no aguardo de uma solução a sua saúde. Pacientes com dor aguardando uma “pequena cirurgia”, e nada se resolve. O município manda ao Hospital Regional São Sebastião e este também não tem como resolver. Se percebe que dez por cento desta demanda, que não é pouca, evolui para complicações. E em torno de dois por cento apresentam comprometimento importante, principalmente psicológico, levando a óbito. Isto é constatado, facilmente comprovado, a partir do momento em que se busca o conhecimento da causa, coisa que não interessa a alguns políticos que hoje estão no poder.

Alguma coisa deve ser feita. E precisa que seja agora. Chega de desculpas de nossos gestores. É preciso que busquemos uma solução. Convênios, contratos emergenciais, seja o que for. É preciso excluir o pensamento de que o povo quer tudo na mão e tem que se virar. Isso me entristece muito quando ouço de alguns o que se vai fazer com uma pessoa que está para atender o cidadão e acredita na imposição e de comentários da chefia.

Também tenho observado a queda de braço de alguns que se fazem hoje representantes do estado e do município e, nessa medição de quem pode mais, acaba por se prejudicar o cidadão que necessita de cuidados na saúde. Se surgiu a possibilidade, por pequena que seja, o direcionamento de alguns casos dessas pequenas cirurgias para serem resolvidos no município se torna uma grande ajuda.

Para o bom profissional de saúde, seja qual meio de atendimento se use, do estado ou município, tudo o que interessa é o bem estar do paciente, não importa a situação em que se encontre. Estamos ali para amenizar sua dor e levar também conforto a família, e não presos a interesses políticos, ou para agradar aquele que está levando vantagem nessa queda de braço.

Nossos políticos, ou os que estão em cargos de confiança, seja situação ou oposição, têm que buscar a independência de seus pensamentos, deixarem de ser manipulados e juntos levantarem a espada e fazer acontecer a independência desse povo sofrido que ainda anda desnorteado diante das barreiras que são impostas a sua frente no atendimento a saúde.

Contato: e-mail – samuelsaanhu@yahoo.com.br

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