O enigma da Matriz – Quinto capítulo

Ênio queria descobrir logo o que estava acontecendo e resolver esse intrigante enigma, logo pessoas inocentes seriam mortas. Ainda tentando achar uma solução para o caso enquanto bebia seu chá quente, um estranho raciocínio surgiu em sua mente: Um dos padres fora morto e o outro estava totalmente horrorizado e o único que não se manifestara foi um seminarista, Gabriel, que parecia nem ligar para o que estava acontecendo.

Afundado em seus pensamentos ele lembrou-se de um pequeno detalhe: a pessoa que atirou em Wilson deveria estar em algum lugar com um bom ângulo, ou seja, o lugar perfeito para não errar o tiro era estar na praça, no telhado ou dentro da Igreja.

“Não tinha ninguém na praça…” Suas lembranças estavam um pouco confusas, o sono estava o tomando. “O tiro deve ter vindo de dentro da Igreja, acertou uma área próxima do coração, como se tivesse vindo realmente de dentro dela”

Um nome surgiu em sua cabeça: Bernardo.

Ele colocou a xícara no criado mudo e se entregou ao sono.

Bernardo não estava na Igreja, tinha feito uma viajem ao interior da cidade e apenas Gabriel se encontrava orando. Ao ver o detetive ele se levantou, fez o sinal da cruz e foi recepcionar Ênio:

– O que o senhor está fazendo aqui? Aconteceu alguma coisa?

– Não, apenas queria dar uma olhada na sala de confissões!

– Fique à vontade! – Ele se dirigiu ao altar.

Na pequena sala ele observou a faixa amarela da polícia na frente do vidro onde antes havia uma imagem religiosa e suspirou. Investigar toda a Igreja Matriz não seria fácil, porém ele começou; usou a lupa para identificar pequenos lugares e descobriu algo interessante: havia marcas no confessionário, como se ele tivesse sido arranhado por garras e um estranho cheiro saía dele.

Com cautela ele se aproximou e abriu a porta por onde os padres passavam e ao olhar o interior do confessionário se deparou com o corpo inerte do padre Bernardo, ele estava sem os olhos.

O AUTOR

O jovem leitor da Tribuna Regional, Eduardo Luiz, de 16 anos de idade, entrou em contato com a redação e contou sobre sua paixão pela leitura e escrita. Segundo ele, está trabalhando em textos para escrever um livro de fantasia e ficção. Sua paixão pela leitura começou desde pequeno, incentivado por sua família, especialmente por sua irmã. Aos 10 anos de idade, Eduardo escreveu sua primeira história, uma adaptação de “Os três porquinhos”.

“Eu me inspiro em outros autores e na capacidade que eles têm para criar contos que nos seguram do começo ao fim. Eu transformo qualquer lugar que imagino em um palco para histórias fantásticas, também me inspiro em meus amigos pra criar os personagens”, explica Luiz.

O jovem leitor e escritor enviou à Tribuna alguns dos capítulos que já escreveu de seu futuro livro. Com autorização de Eduardo, trazemos a você, leitor, “O enigma da Matriz”, uma história ambientada na Lapa.

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