TABACO: Anvisa proíbe uso de aditivos no cigarro e mantâm adição de açúcar no produto

A diretoria da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, decidiu nesta terça-feira pela proibição de aditivos como mentol, chocolate e baunilha na fabricação de cigarros. Segundo a Anvisa, esses produtos disfarçam o gosto amargo do tabaco e o cheiro desagradável da fumaça. Com a decisão, fica permitida a utilização de oito ingredientes que não alteram o sabor nem o odor, como açúcares e adesivos. Segundo o diretor da Anvisa, José Agenor Álvares, a medida diminui a atratividade do cigarro e, com isso, pode reduzir o número de iniciantes no vício:

“Todas as evidências científicas que existem hoje no Brasil e no mundo inteiro são claras ao afirmar que restringindo o uso de aditivos, restringe a iniciação de novos fumantes. Essa é uma estratégia da indústria: fazer um cigarro que seja palatável tanto no gosto quanto no aroma para iniciação, principalmente, para jovens e adolescentes.”

Os fabricantes vão ter um ano para se adaptarem e mais seis meses para retirarem os cigarros do mercado. Outros produtos como charutos, cigarrilhas e narguilé terão até dois anos para serem retirados do mercado.

POSICIONAMENTO DA SOUZA CRUZ

A Souza Cruz, em nota, lamenta que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em reunião de sua diretoria no dia 13 de março, tenha restringido o uso de ingredientes nos produtos derivados de tabaco. Confira o pronunciamento da Souza Cruz sobre o assunto: “A Anvisa demonstrou não ter levado em conta os argumentos da cadeia produtiva do setor. Acreditamos que as autoridades locais no Brasil devem tratar o assunto com mais profundidade como o FDA, nos Estados Unidos que está analisando proposta semelhante através de uma Câmara de Estudos técnicos estabelecido para esta finalidade. Medidas restritivas como as apresentadas pela Anvisa ampliam a participação do mercado ilegal de cigarros, o qual implica em sérios riscos ao consumidor uma vez que tais produtos não passam por fiscalização ou registro nos órgãos sanitários. Hoje, o comércio ilegal responde por 30% no mercado brasileiro e sonega o pagamento de cerca de R$ 3 bilhões de impostos por ano ao Brasil. A Souza Cruz irá se pronunciar sobre a decisão da Anvisa assim que tiver acesso aos termos desta resolução”.

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