Diário de Bordo

Confira o dia-a-dia do editor do jornal A Tribuna Regional neste projeto de saúde.

Prá começar

Quando comecei este programa, não acreditava nele. Deixei de lado, tentei enrolar, mas entrei. Na verdade, descobri que não acreditava em mim mesmo. Não acreditava no poder que tem a amizade, a família, a fé. Pode parecer radical, mas se a gente deixar, a nossa vida vai indo pra um canto escuro, e você começa a ter medo de sair dele, por comodismo, por depressão, por medo do que vão dizer. Quando vi que estava conseguindo cumprir as metas, enfrentar meus medos e conquistando algumas vitórias (pequenas, mas importantes), notei que sou capaz. Essa foi a minha principal conquista nesta primeira fase e com certeza uma das maiores dele todo.

Vamos ao diário.

Quinta-Feira (22/03):

Terminei o jornal muito tarde na quinta-feira e por conta de confusão, a chave da minha moto ficou dentro do meu carro, em casa. Eu aqui na redação, mais de meia-noite, sem chave da moto, cansado, resolvi pegar a bike do Felipe Duda (nosso colaborador) e ir prá casa. O problema é que a dita cuja é uma bicicleta aro 20 igual à do meu filho. Sofri daqui em casa. Moro na Vila do Príncipe e foi um sufoco pedalar naquela coisinha. Mas valeu a experiência.

Sexta-feira (23/03)

Acordei mais disposto. Mas com dores nas pernas por conta da bike da madrugada. Ao longo do dia aquela correria de sexta-feira e no fim da tarde saímos correr, eu e o Personal Trainer Thiago Linhares. Foi muito mais fácil. Fizemos o mesmo esquema de 3 quadras correndo e uma andando e fechamos o exercício. Depois fui à terapia com a Psicóloga Luciane, pois na terça não tive oportunidade de consultar. O bate-papo ficou em torno dos medos e anseios apresentados nesta etapa. Já estamos trabalhando prá definir um objetivo além do programa, visto que três meses de reeducação alimentar e exercício são só o começo. É um ótimo período prá adaptação do corpo que começa a sentir prazer na nova rotina.

Sábado (24/04):

Adivinha se eu ia me exercitar durante a festa de aniversário da minha mãe. Sessenta aninhos fez a dona Suzana e todos os tios e muitos primos estiveram presentes. Festa de alemão é grande. E foi.

Domingo (25/05):

Não me fiz de rogado e aproveitei a festa (parte dois). Primos, irmãos, tios… Família, enfim. É um negócio doido. Cada uma tem suas características e a nossa não é diferente. O pessoal faz a festa mesmo. Resumo: descansei no fim de semana, tomei cerveja, comi carne e tudo o mais. A diferença é que notei que fico saciado mais cedo agora e não preciso ficar com o estômago cheio, somente satisfeito.

Fizemos uma brincadeira com as crianças da vizinhança e passamos o sábado e domingo com a rua em frente à casa da minha mãe fechada para o trânsito. To contando isso em outra matéria na semana que vem.

Segunda-Feira (26/03):

Academia logo cedo prá queimar a cerveja do domingo. Sério prá vocês que agora as coisas estão muito mais fáceis. Não posso esquecer dos meus filhos. Eles estão acompanhando cada passeio, cada exercício e incentivando direto. Matheus (10 anos) está praticando manobras em sua bicicleta enquanto Felipe (5 anos) quer se tornar um “ás da bike” (ele é simples).

Terça-Feira (27/03):

Por compromissos pré-agendados (aprendi isso com um político por aí), desmarquei a sessão de Pilates. Eu sei que reclamei muito da aula, mas me fez falta. Minha postura teima em voltar ao que era antes e preciso fazer esta aula prá manter. É visível a diferença entre minha postura no início e agora. Foi preciso algum esforço no início prá enfrentar. Marcamos prá sexta-feira pela manhã.

Às 13 horas fui com Astrid Pfeiffer, Nutricionista, ao mercado, prá ela me ensinar a fazer compras. Não vou contar muito sobre isso nesta semana, mas posso dizer que foi realmente esclarecedor. Astrid trará um texto com dicas e macetes prá suas compras na edição da semana que vem. Só prá finalizar: com pouco ou nenhum prejuízo para seu bolso, você pode tornar sua alimentação saudável. Contamos mais semana que vem.

No fim da tarde, nova consulta com Luciana Pfeiffer. Ela convidou minha esposa Juliana a participar da sessão e foi muito promissor. O apoio e contato com minha família está sendo decisivo prá manter o programa e Ju se mostrou muito contente com todas as mudanças que vem ocorrendo. Agradeço publicamente a ela e meus filhos por isso.

Não fiz pilates pela manhã, mas às nove da noite fui expulso de casa pela Ju, dizendo: “Vai, que você não pode ser preguiçoso agora”. Gostei de ver e fui treinar. Voltei cansado e dormi logo. Isso foi uma vitória, visto que eu estava acostumado a dormir de madrugada e nunca muito cedo.

Quarta-Feira (28/03):

Acordei mais bem-disposto. Dormi bem e acordei mais cedo. Tudo isso é rotina. É ensinar o corpo da gente a obedecer ao que queremos. O corpo é preguiçoso e a mente é acomodada. Você já teve aqueles pensamentos dizendo “não saia caminhar hoje, é cansativo”, “vou amanhã, hoje estou com dor no dedinho mínimo”. Se você se deixar levar, não faz nada na sua vida. A verdade é que nosso cérebro quer deixar em repouso o corpo porque associa esse repouso aos centros de prazer. O que estamos fazendo neste programa também, é reprogramar meu cérebro prá pensar no exercício como amigo. E sinceramente, a sensação do corpo cansado depois de um esforço é a melhor que existe. Cansado sim, mas com a mente nova e limpa.

Andei muito de bicicleta também. Troquei a moto por ela e tenho feito diversas viagens ao centro da cidade. Não é muito, mas são três a cinco quilômetros por vez.

Treinei à noite, novamente às 9 horas. Quem foi a instrutora foi Ivânia Tomm, Personal Trainer da Profit. Ela me apresentou uma sessão de exercícios na plataforma vibratória. Fiquei pasmo com a força que esses exercícios tiveram. Dormi muito bem graças ao exercício noturno. Acho que estou descobrindo uma hora boa prá isso.

Quinta-Feira (29/03):

A programação prá hoje é às 9 da noite também. Não fiz ainda o exercício, pois estamos fechando a edição.

Resumo da Semana:

Tudo que estou relatando aqui é sobre mim, mas estou acreditando que muita gente possa ler e tomar para si essas palavras de vitória. Só admitindo que tem que mudar, você já estará vencendo fácil teus problemas. Parece difícil, mas lembre que você tem chão e base (família e amigos) e o solo (DEUS). Se hoje está difícil, amanhã você vai rir e ficar pensando: “como eu deixei chegar a isso?”.

Perdi mais de sete quilos até hoje. E não estou tomando medicamento algum. Muito menos suplemento de academia. Tudo isso é muleta e não mostra o progresso real que você está tendo. Só muita força de vontade de enfrentar os primeiros dias é necessária. Os outros dias fluem naturalmente. Estou me sentindo limpo e novo prá enfrentar qualquer coisa. Concentração e memória voltaram a ser afiadas. Não tenho medo de assumir compromissos e muito menos de errar. Não tenho medo de errar, porque isso faz parte do meu crescimento. Não fiz certo antes? Dane-se. Aprendi, e vou fazer certo hoje. É assim que a gente supera o dia-a-dia.

Semana que vem tem mais.

“Nada a perder, tudo a ganhar” é o nome do programa que pretende mudar a rotina do editor chefe da Tribuna Regional, Aramis José Gorniski, o Aramizinho, nas próximas semanas. Desde o dia 27 de fevereiro Aramizinho está sendo acompanhado diariamente por profissionais de Educação Física, Fisioterapia, Psicologia e Nutrição. O objetivo do programa é melhorar a qualidade de vida de Aramizinho através de orientações repassadas por estes profissionais, durante 12 semanas.

Terapia de Nada a Perder, Tudo a Ganhar
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