Jornalzinho do interior?

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No final de semana entre os dias 18 e 20 de maio aconteceu o XXII Congresso Estadual da Adjori – Associação de Jornais e Revistas do Interior do Paraná, em Cornélio Procópio (PR).

Entre os temas discutidos no evento, estava a questão de mídias governamentais. Sim, verbas do governo para os jornais e revistas divulgarem ações do poder público. E não sejamos hipócritas, toda a imprensa nacional quer este tipo de mídia. Nenhum meio de comunicação sobrevive sem a área publicitária.

A palestra contou com a participação do Secretário de Comunicação do Estado do Paraná, que afirmou o que todos os que trabalham com a mídia no interior já sabem: o alcance dos jornais e revistas das cidades é muito maior do que o da grande mídia. Por isso, a importância para o próprio governo em estreitar as relações com a Adjori para que os associados recebam mídia governamental. Sem contar que o custo de publicação em mídia do interior é mais acessível do que a do grande centro.

Os jornais dos municípios têm credibilidade, boa aceitação, sabem qual é a informação que realmente interessa para o leitor, estão próximos dos leitores e têm responsabilidade com a comunidade onde atuam.

Mas, infelizmente, existem aqueles empresários da comunicação que podem ser chamados de oportunistas. Surgem somente quando convêm, para conseguir verbas de prefeituras. Depois de algum tempo desaparecem. Não têm credibilidade e acabam por ferir a imagem de todo o grupo de profissionais que atua no interior do Estado.

Por isso, a Adjori está organizando seus associados e contando com o auxílio do IVC (Instituto Verificador de Circulação), o que irá conferir maior credibilidade às empresas jornalísticas que queiram contratar tanto com o poder público como com o privado. Assim, será mais difícil oportunistas atuarem no Estado.

Isso já vem acontecendo no Estado de Santa Catarina, através da Adjori de lá. Inúmeras prefeituras catarinenses estão incluindo em seus editais de licitação para prestação de serviços de divulgação da administração pública o certificado, chamado CCJ, como um dos requisitos

A Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina – Adjori/SC lançou uma grande campanha de valorização do selo do CCJ exibido pelas publicações que têm a regularidade de circulação comprovada pelo Cadastro Catarinense de Jornais – CCJ.

Criado em 2002, graças ao convênio com a Fundação Catarinense de Cultura, o CCJ visa certificar a regularidade dos periódicos editados em Santa Catarina.

Para tanto, a Adjori/SC registra as edições dos jornais em um banco de dados informatizado, numera cada uma delas e as envia à Biblioteca Pública Estadual, onde passam a integrar o acervo de jornais que circulam no Estado.

Os jornais que ostentam o selo do CCJ são publicações que têm compromisso com seus leitores, com sua comunidade e com a história da imprensa catarinense.

O objetivo da Adjori/SC é justamente o de distinguir as publicações que atuam com regularidade no mercado daquelas que aparecem em momentos oportunos, cujas bandeiras são apenas aquelas que lhes trazem ganhos políticos ou financeiros.

Um selo do CCJ estampado no jornal é prova de respeito e credibilidade, ambos atestados por uma entidade que construiu seu nome ao longo de 30 anos de atuação em prol da união e fortalecimento da imprensa local catarinense.

Os jornais que têm sua regularidade de circulação comprovada recebem um certificado que tem a chancela da Adjori/SC e da Fundação Catarinense de Cultura – FCC, entidade mantenedora da Biblioteca Pública Estadual.

O certificado do CCJ tem sido valioso para o mercado publicitário, pois agências e anunciantes têm um instrumento a mais para avaliar a seriedade e confiabilidade do veículo de comunicação.

Uma prova inconteste do valor dessa iniciativa, cujos reflexos são a maior organização e o fortalecimento da mídia impressa local catarinense.

E isto deve acontecer também no Paraná. Bom para os jornais e revistas, ótimo para quem precisa da mídia, seja governo ou iniciativa privada, ou ainda, o leitor, que pode contar com um meio de informação de credibilidade.

Assim, quem já tem grande força no interior, a imprensa feita pelos pequenos jornais e revistas, mostra ao próprio Governo e ao público que, apesar de ser “jornalzinho”, é essencial onde os grandes meios dificilmente dão atenção.

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