Recebi um e-mail que mostra uma pesquisa feita pela revista americana Forbes, onde o Rio de Janeiro é considerada a cidade com o povo mais feliz do mundo, superando cidades da Austrália, Espanha e Estados Unidos, entre outras.
Não sei da veracidade desta informação, mas me pergunto: feliz por quê?
O carioca é uma síntese do brasileiro, e ambos não têm lá muitos motivos para comemorar. Numa cidade (e num país) que não há educação de qualidade, falta saúde digna, moradia decente e a violência cresce e aterroriza, rir do quê?
Um país onde magistrados estão cheios de dedos para julgar (e condenar) os envolvidos no Mensalão do governo Lula e a Justiça se mostra frágil e partidária, parece que seu povo não tem muito o que comemorar, não é mesmo?
Como as coisas andam, o Carnaval carioca, a festa mais bonita do planeta, parece mais uma válvula de escape do brasileiro do que propriamente uma celebração a Momo.
Não devemos fazer apologia do pessimismo, mesmo porque isto não leva a nada. Mas daí a se considerar o mais feliz, há uma grande distância.
Se esta informação for verdadeira, fica constatada uma coisa: o brasileiro pode não ser o mais feliz do mundo. Mas, com certeza é o mais alienado.
