No dia 24 de setembro os trabalhadores da Intecnial, empresa terceirizada responsável pela construção da Potencial Biodiesel, na Lapa, entraram em greve reivindicando melhorias no trabalho.
A principal reclamação dos grevistas é de que os trabalhadores estão sendo obrigados a exercer funções para as quais não são especializados, não conferindo com os seus registros trabalhistas. “A empresa só tem um lixador registrado com carteira assinada. A maioria dos funcionários está registrada como Ajudantes de Construção Civil, mas muitos são obrigados a fazer o trabalho de lixador, recebendo o salário de ajudante. Já aconteceram casos de funcionários que cortaram o dedo trabalhando com a lixadeira, porque não possuem experiência em trabalhar com isso e nem são oferecidos cursos especializados de lixador”,relata um dos funcionários que aderiu a greve e não quis se identificar.
Outra reclamação dos funcionários, que são em maioria de outros Estados do Brasil, é de que a empresa está demitindo muitos trabalhadores dias antes de completarem os três meses de experiência. Assim, a empresa registra uma quebra de contrato, tendo despesas menores.
A empresa Intecnial, que é responsável pela fabricação e instalação de bens industriais da Potencial Biodiesel, conta hoje com 300 funcionários na Lapa e tem como prazo final para a entrega das obras o dia 30 de novembro.
ACORDO
Depois de dois dias de reuniões entre os grevistas, representantes das empresas Intecnial, Potencial Biodiesel, e o Sindicado dos Trabalhadores, foi confirmado o fim da greve. Os funcionários voltaram às suas atividades no dia 26 de setembro.
Segundo Luis José Meira, Gerente Administrativo e Financeiro da Potencial Biodiesel, a empresa sempre esteve acompanhando a situação e cobrando para que o problema fosse resolvido o quanto antes. “Acompanhei todas as reuniões para que o processo fosse agilizado e o trabalho voltasse ao normal. No fim, tanto a Intecnial quanto os trabalhadores e Sindicato cederam e as partes chegaram a um acordo”, conta Meira.