PROFISSIONAL DA SAÚDE DEIXOU DE SER VOCAÇÃO.

Ao deparar com a mídia com relação a saúde no Brasil, se percebe o grande desrespeito com o ser humano. Estudantes que pensam em fazer medicina, negociam diplomas, diante desse jogo de interesses, fazem qualquer coisa para conseguir seus objetivos mesquinhos, não se importando com os meios utilizados. Pessoas consideradas sem importância ficam de lado amontoadas nos corredores em cima de macas ou no chão nos hospitais ou unidades de saúde. O que se observa é desatenção de alguns profissionais de saúde com os pacientes que necessitam dos serviços do SUS. É tudo automático, não se percebe quem está a frente, preenche- se os formulários necessários e os manda aguardar. Médicos que se quer olham para o doente, examinar então? Esse é o procedimento adotado pela maioria dos profissionais da saúde que atendem pelo SUS, acostumaram a esse padrão de atendimento adaptado por eles mesmos, onde a vida do Ser Humano não tem valor nenhum. O responsável, é o próprio usuário por aceitar calado, absurdos , acometendo sofrimento aos seus familiares e a si mesmo.

Da política adotada, médicos que tem que atender quantidade e não com qualidade, a morosidade no atendimento da longa fila de espera, no encaminhamento a exames e consultas, pacientes sofrendo dores, orientados a aguardar uma semana, um mês, até mais, morrem na espera por tais atendimentos. Pacientes humildes, com visível preocupação do seu quadro, muitas vezes, inocentemente sugere um exame ou outro ao médico e este se ofende e interpreta como se fosse uma ordem e o maltrata ao invés de explicar. Ambos se acomodaram diante da situação, o profissional de saúde e o paciente; o primeiro por se permitir adaptar ao sistema errôneo, e o segundo diante de tudo, desacreditou no sistema correto. Não existe mais a preocupação referente a dor do Ser Humano, hoje para muitos é só mais um. A prevenção preenche uma lacuna debilitada, porque não há recursos materiais e humanos, está ali somente por estar, porque faz parte de um determinado programa, mesmo diante da insistência nas melhorias no atendimento. Poderia ser evitado tantas complicações com o trabalho  da prevenção correta, o que ocorre são pacientes que vivem com sintomas e dores como estopim aceso e, quando esse explode, vai direto a Unidade de Emergência muitas vezes com o quadro agravado ou evoluindo a óbito.

Quando criança, lembro do médico ir nas casas, criava- se um vínculo de profundo afeto e dedicação, como se este, pertencesse a família. Hoje, tentam resgatar esse tipo de atendimento através dos ESF’s, mas não a contento, sempre falta uma coisa ou outra. Os benfeitores, pessoas anônimas que auxiliavam financeiramente hospitais e orfanatos, as irmãs de caridade, freiras católicas que se doavam por completo ao Ser Humano que sofriam nos leitos hospitalares. Isto era vocação, era, porque sobrou bem pouco de tudo, ainda, somente em alguns. A vocação foi substituída pela ganância ao dinheiro, prova disso, as greves que ocorrem nos hospitais, onde se coloca em risco a vida do paciente. Sou totalmente contra greves na saúde, pois vejo da seguinte forma: aderir greve na saúde, é assinar a sentença de morte de um ser Humano. Sou a favor da classe reivindicar seus direitos buscando outras alternativas, sem comprometer a vida daqueles que mais precisam que nos doemos por completo, naquele momento de dor, medo e solidão.

Podemos mudar tudo isso, se olharmos as pessoas que atendemos como se fossem nossos familiares, ou o próprio Cristo diante de nós.

Contato: samuelsaanhu@yahoo.com.br

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