Obesidade cresce mais entre crianças na faixa de 5 a 9 anos.

Números divulgados pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam aumento do percentual de crianças com sobrepeso e obesidade no Brasil, principalmente na faixa de 5 a 9 anos. Os números referem-se a levantamento de 2010. O sobrepeso atinge 34,8% dos meninos e 32% das meninas nessa faixa etária. Já a obesidade foi constatada entre 16,6% dos meninos e entre 11,8% das meninas. Um quadro alarmante.

 

Lapa-Pr.

Recentemente, dia 10 de julho, encaminhei uma carta/ofício para a prefeitura da nossa cidade, através da secretária de saúde, secretária de educação, departamento de esportes e nutricionista, para coletar dados sobre o estado físico das crianças do nosso munícipio, na rede escolar municipal, solicitando o peso e altura, e mais outros dados motores, dos mais de dois mil alunos das 28 escolas.

O objetivo é realizar um balanço dos últimos dez anos, ver como as crianças estão hoje, e ainda, fazer uma previsão de como essas crianças estariam daqui uns dez anos, para apresentar para as autoridades locais.

A única reposta oficial que obtive foi através da secretária de educação, até então de uma escola, das vinte e oito que nosso município comporta, com dados do ano passado. Dados muito “pobres”, e pouco proveitosos.

Mas por que avaliar essas crianças?

Com a avaliação física pode ser definido ou estimado um número da real situação física, para obter um controle total dos avaliados. Consegue-se também fazer em uma data futura a reavaliação de estado dessas crianças, qualificando e quantificando esses números. Além disso, permite identificar riscos associados a índices excessivamente altos ou baixos de gordura corporal, proporcionar o monitoramento de mudanças na composição corporal, associados ao processo de crescimento, desenvolvimento e maturação da criança, possibilitar a identificação de disfunções no crescimento ou de perfil morfológico de risco, e é claro, poder realizar uma intervenção quando necessária, com profissionais multidisciplinares da área da saúde (médico, nutricionista, educador físico, fisioterapeuta e psicólogo).

De acordo com a Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas do Brasil, artigo 10, o número de 2500 a 5000 alunos, a nossa realidade, deve-se ter 1 Nutricionista RT e mais 3 Nutricionista QT, com carga horária de 30 horas semanais. Nossa situação hoje é bem diferente, pois contamos somente com uma nutricionista responsável por toda rede escolar municipal do município, caso lamentável, pois a falta de profissional é uma desvantagem, caindo a qualidade no atendimento escolar, diminuindo intervenções, tratamentos, palestras de conscientização, além da papelada e da burocracia do dia a dia.

Minha sugestão, além de contratar mais três nutricionistas para a Lapa, seria que o profissional de educação física do município também realizasse avaliação física junto com o nutricionista (profissional escasso hoje na prefeitura), pois o processo poderia ser contínuo, além de é claro, realizar avaliações motoras.

É uma pena saber que não se sabe como está a realidade das crianças hoje na Lapa. Não investir em avaliação física acreditando que está perdendo tempo é o mesmo que segurar os ponteiros do relógio na intenção de parar o tempo. Gostaria muito que essa realidade fosse modificada, pois uma filosofia de trabalho com prevenção sempre é a melhor escolha.

Pratique prevenção! Pratique avaliação física! Pratique saúde!

 

Please follow and like us: