A Lapa é hoje uma cidade que precisa se expandir e modernizar-se. Já são evidentes as crescentes necessidades em suas diversas esferas sociais. Temas como saúde, trânsito, turismo e igualdade social são, por exemplo, amplamente comentados e sempre são alvo de debates em campanhas políticas, sem esquecer, é claro, que diversos projetos para promover a melhoria nessas áreas são propostos. Mas, que no decorrer do tempo, enfrentam diversas situações e, por fim, concretizam-se em poucos pontos do que se havia planejado inicialmente.
De quem é a culpa? É fácil responder a essa pergunta: o responsável pela situação na qual a cidade está atualmente é percebido de forma tão óbvia, que acaba despercebido por todos. Os próprios lapeanos são responsáveis por isso!
Isso mesmo, os lapeanos devem primeiro quebrar certos conceitos, na maioria dos casos muito mal entendidos. Longe de querer propor uma solução definitiva, esta reflexão tem o objetivo fazer repensar a cidade.
INTERIOR
A Lapa pode ser considerada realmente uma cidade do interior?
Já se foi o tempo do conceito de cidade do interior. Em um mundo globalizado o que existe apenas é uma questão de posição geográfica. Cada cidade possui características que, em dado momento, as direcionam mais para a agricultura e ou para a indústria. No meio disso tudo surge o comércio local. Na economia isso é entendido como setor primário, secundário e terciário.
Uma “cidade do interior” é aquela encontrada nos velhos filmes de faroeste, onde o forasteiro entra na cidade e acaba criando problemas, ou como nos filmes “A Villa” e “Meu primo Vinny”. Uma cidade do interior é um local onde parece que o mundo parou.
Por isso, é necessário repensar e procurar um conceito de como a Lapa será lembrada daqui a dez ou vinte anos. Queremos ser um ícone do que? De qualidade de vida? De educação? De modernidade? De Cidade Inteligente, que usa de verdade a inteligência para resolver seus problemas, como já ocorre em diversos fóruns sobre o conceito, ultrapassando e ampliando muito a ideia de uma cidade digital?
Qual o ícone que o lapeano busca para o município? Há cidades na Europa, próximas a Londres, por exemplo, que possuem população próxima à da Lapa, mas todos estão envolvidos em fazer do município um ícone e cidade modelo.
Por isso, tamanho populacional é apenas uma questão de dimensão e o importante mesmo é ter boas estratégias, sempre amparadas por um cenário idealístico, que deve ser debatido, conversado, estudado, publicado e trabalhado, para a cada dia ser dado um passo a frente.
PROGRESSO x QUALIDADE DE VIDA
Em sua visão, há conflito entre conquistar o progresso e manter a qualidade de vida?
Se a resposta for sim, você deve imaginar que o progresso irá, por exemplo, trazer mais carros para as ruas, mais gente na cidade, mais assaltos… Mas, mantendo a qualidade atual, o progresso será posto de lado.
Então, seguindo este raciocínio, deve-se trazer mais empresas grandes ou pequenas para a Lapa? Deve-se criar gigantescos polos industriais no município? Deve-se formar o cidadão apenas para trabalhar nesses polos ou deve-se desenvolver realmente e factualmente condições para que os filhos dos lapeanos possam despertar a genialidade e fazer história?
Para muitos isso pode estar fora da realidade. Mas, fora de qual realidade? Da sua ou daquele que não quer pensar grande? É apenas uma questão de escolha, pois o problema surge quando um não quer e inveja o outro que quer.
Progresso nunca veio em detrimento de qualidade de vida. E traz, na verdade, desafios. Mas, com um bom planejamento e comprometimento de todos, os desafios são superados.
VOCÊ ACREDITA NA LAPA?
Acreditar no potencial do município é “x” da questão. Se você não acredita é melhor ir embora, se mudar para um local que você acredite ter um bom lugar. Pois, não adianta perder e gastar tempo dos outros, já que quem acredita não fica em cima do muro, toma partido, participa, opina, toma posição e é fiel a posição que assumiu. Quem acredita olha para as crianças e sabe que o próximo prêmio Nobel ou que o próximo grande empresário, que vai contribuir gerando renda, emprego e riqueza, pode sair daqui, da Lapa. Pode ser o próprio filho e, por isso, simplesmente acredita no potencial do município.
E você, acredita na Lapa?
