A gente passa a vida inteira correndo atrás das coisas, da felicidade, do dinheiro, da paz, do bem estar, da saúde e tantas outras coisas. Sempre correndo. Claro, porque a vida não deixa a gente parar para respirar. Ela cobra, recobra, chama a atenção, puxa a orelha e a gente tem que correr, senão ela atropela a gente.

É assim durante toda a vida. Corremos para estudar, corremos para o emprego, corremos para atender os pedidos do chefe, corremos para voltar para casa e descansar.

Chega fim de semana e tem que correr pra fazer tudo que durante a semana a gente não conseguiu por causa da correria.

E chega a semana novamente e continuamos correndo. Correndo pra agradar a namorada ou o namorado, depois correndo o dia inteiro para sustentar a família.

Ah, aí chega a velhice. Então, você pensa: “Agora vou poder descansar e parar um pouco”. Mas, não… Aí você percebe que ainda tem que correr. Correr pra cuidar dos netos, para fazer o almoço da família no domingo, correr atrás de médico, de um monte de exame e correr para tomar os remédios que precisa todo dia, na hora certa.

Ao final, quanta correria foi a sua vida? O que fez, o que você aproveitou? O que você aprendeu durante a sua estadia pela vida? Correu, correu… E o que você fez por si mesmo?

É neste momento que você finalmente para. Para e se pergunta onde está você? Quem é você? O que você fez por você? Porque chegou ao fim da viagem e, aí, não tem jeito! Só sobra você e a tristeza de não ter feito muitas coisas que gostaria de ter feito. Aí vem a pergunta que não quer calar: “Onde está você?”

Você está em algum lugar no meio dessa correria toda que foi sua vida. Em algum lugar em que você mesmo se esqueceu de você e se perdeu, porque o que você queria mesmo era correr pra fazer um monte coisas para as outras pessoas e, nessa correria maluca, se esqueceu de parar nas entrelinhas da vida de vez em quando, respirar, olhar no espelho, ouvir você, falar com você, realizar pra você, agradar você, e se lembrar que o personagem principal desta história toda era você!

 

Para refletir:

Devemos correr para as coisas simples, para aquilo que nos faz feliz e nos dá paz. Porque o que corre na verdade é o tempo e, quando você menos percebe, ele já se foi, e você foi junto com ele!