Enganar o povo é fácil…

O povo quer ser enganado!

 

Querer é poder!

Quero acreditar que dá-se um jeitinho… No final tudo dá certo! Afinal, “Deus é brasileiro e eu não desisto nunca”!

Bonita forma de pensar! Bonita é pouco! Vamos passar ao patamar de “linda”!

O povo precisa de terreno para construir sua casinha. Mas, fazer um loteamento conforme preconiza a legislação vigente requer investimentos em infraestrutura, como arruamento, água, luz, esgoto, meio fio, calçamento e asfalto. Também precisa disponibilizar para o Poder Público Municipal um percentual de área para futuras infraestruturas voltadas a praça, parque, escola, posto de saúde, creche etc…

O loteador não quer investir. Tem área rural ao lado da cidade e quer vender lotes! Como diz o loteador: “Vou vender porque tenho meus contatos. O fulano, quando era candidato, falou que tocasse o barco, depois se daria um jeito”.

O loteador vai vendendo os lotinhos (terrenos, datas, pedaço de terra…) para o povo. Tudo bem documentado, numa folha de papel de pão, com assinatura. Ah, mas para valer mais tem carimbo! Isso é importante! Precisa ter carimbo da cor azul. Com carimbo a meleca fica completa!

Quer comprar lote no Marafigo, Piripau, Campo de Telha, Boqueirão?

É, amigo… Aqui termina o sonho das facilidades! Olha o “sete a um” de consolação! Prá dizer a verdade, os alemães pararam no sete para não entrar na fase de humilhação dos anfitriões. Foram educados.

Na vida real temos áreas sendo loteadas de forma completamente irregular em várias localidades. Até lá pros lados da Escarpa Devoniana está tendo disso.

Alô, alô pessoal protetor da Escarpa Devoniana! Alô, alô setor de urbanismo da Prefeitura! Alô, alô torcida organizada do Coxa!

Para consolar, se precisar de água, tem um sistema de distribuição de água administrado pelos moradores da Colônia próxima. Como eles são bonzinhos, certamente ligarão a água para os novos proprietários dos lotes.

Vai faltar energia elétrica! Ô, Santa Ignorância! Dá-se um jeitinho! Tem o tal do “gato”… Sabe de nada, inocente!

A Administração Pública pode e precisa decretar como área urbana muitas propriedades rurais, que se beneficiam do baixo imposto cobrado pelo Incra, e passar a cobrar IPTU, como área urbana. Quem sabe assim o proprietário se mexe e deixa a cidade crescer de forma organizada e legalizada?

 

 

 

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