Prefeitura afirma que o atendimento especializado das deficiências auditiva e visual continuará a ocorrer, porém de forma realocada em escolas municipais.

Recentemente a redação da Tribuna Regional recebeu denúncia de leitor, alegando que a Prefeitura da Lapa iria fechar a ACLISAM e o Centro de Atendimento Especializado (CAE). Com base nas informações repassadas, o jornal entrou em contato com o Poder Executivo para esclarecer os fatos.

Quanto à ACLISAM, a resposta da Prefeitura foi publicada na edição 1784. Quando ao fechamento do CAE, até o fechamento daquela edição, a redação não havia recebido as respostas.

Em seguida a Prefeitura enviou as informações, que agora são repassadas aos leitores sobre o caso.

Segundo a Prefeitura, em hipótese alguma irão acabar os serviços prestados pelo Centro de Atendimento Especializado (CAE). “Ao contrário, a proposta é de ampliação do atendimento e da resolutividade, com os profissionais que integram o serviço trabalhando no ambiente escolar com toda a excelente qualidade hoje existente”, afirma a resposta.

De acordo com as informações da Prefeitura, o CAE é uma instituição da Secretaria Municipal de Educação que atende alunos da Rede Municipal de Ensino com suspeita ou diagnóstico de dificuldades de aprendizagem e/ou necessidades educacionais especiais. Ele funciona ao lado da Escola Municipal Serafim Ferreira do Amaral, na vila de mesmo nome, e possui em seu quadro uma diretora, dois psicólogos, duas fonoaudiólogas, duas psicopedagogas, uma professora especializada em Deficiência Visual e uma professora especializada em Deficiência Auditiva.

Na resposta, a Prefeitura afirma que nos últimos anos, com a consolidação da Educação Especial, ampliação das Salas de Recursos Multifuncionais (com materiais pedagógicos e de acessibilidade já presentes em 12 escolas e previsão de outras 5 para 2015), aumento no número de crianças com diagnóstico de necessidades educacionais especiais inclusas na Rede Regular e dos professores de apoio permanente, fez-se necessário realizar um estudo em busca de soluções para se adequar à esta nova realidade, atender às necessidades e aprimorar a qualidade educacional.

O resultado desse estudo será apresentado em Audiência Pública, a ser realizada até o final deste ano. Ou seja, antes de qualquer decisão, os levantamentos serão apresentados à sociedade e será definida a política pública mais adequada a ser adotada. Sempre com respeito aos profissionais envolvidos e à comunidade atendida.

A possibilidade aventada no estudo é utilizar o imóvel onde hoje funciona o CAE para a implantação de uma creche que atenderia 100 crianças e os serviços que integram o CAE seriam redirecionados, visando uma maior integração com todas as escolas e centros de educação infantil. A hipótese prevê a realocação dos atendimentos especializados das deficiências auditiva e visual em escolas municipais. Os atendimentos somente sofreriam alteração de endereço. Portanto, as áreas de Fonoaudiologia e Psicologia deslocar-se-iam continuamente às escolas e creches para realizarem avaliações, estudos e orientações no contexto escolar. A Prefeitura alega que, inclusive, os Conselhos que regulamentam as duas profissões destacam a atuação nessa área como um trabalho educativo e social, defendendo intervenções nas próprias instituições de ensino, para maior e mais produtivo contato com equipe e comunidade escolar. Ou seja, para a Prefeitura, neste contexto, é possível uma ampliação e consequente acréscimo no número de famílias e crianças beneficiadas na área educacional, bem como na oferta de vagas em creches na cidade da Lapa.