Clínica da Mulher e de todos os lapeanos

“Frequento a Clínica da Mulher há oito meses. Toda vez que venho aqui sou bem atendida. Não vejo problema também atenderem homens no local, não me causa nenhum constrangimento. Quanto mais serviços de saúde em um lugar, melhor”. Esse é o depoimento de Ruth Almeida, uma gestante que frequenta todo mês a clínica, que funciona em imóvel localizado ao lado da Maternidade Municipal.

Contando com quatro médicos ginecologistas e prestando mais de 200 atendimentos ginecológicos por semana, a clínica continua sendo referência para as mulheres lapeanas. A diferença é que agora, além de atender as mulheres, o local passou a abrigar uma Unidade Básica de Saúde para moradores dos bairros Tamanqueiro, Jardim Primavera, Cascata, Vila Esperança e Cristo Rei.

De terça a sexta-feira, um médico clínico-geral atende os moradores dessas vilas, oferecendo 85 consultas por semana, e fazendo visitas domiciliares para os pacientes em casos mais graves. Também foi instalado um consultório odontológico, assegurando que as gestantes passem por consultas em saúde bucal durante a gestação. O serviço também atende crianças e faz trabalhos de orientação junto a escolas da cidade. 

A medida faz parte da meta da atual gestão municipal de descentralização e fortalecimento da atenção básica e atende recomendação da Secretaria Estadual de Saúde (SESA).

 

HISTÓRICO

A clínica foi construída entre os anos 2009 e 2011, com verbas da Paraná Cidade, e seria destinada ao atendimento da Mulher e da Criança. Ao que consta, não houve atendimento a crianças.  Em 2011 a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) emitiu a Resolução 037/11, determinando que as unidades intituladas “Centro de Saúde da Mulher e Criança” deveriam ser destinadas a atender clientela mais ampla e seriam denominadas oficialmente UAPSF – Unidades de Atenção Primária em Saúde da Família. Na Lapa, até 2012 as alterações não foram feitas. Em 2013, quando a atual gestão municipal assumiu, por meio do ofício 032/2013 a SESA fez nova solicitação à Prefeitura para que se adequasse à Resolução 037/11. Caso isso não fosse feito, a Secretaria Municipal de Saúde não poderia receber equipamentos destinados àquela unidade de saúde.  Decidiu-se então ampliar gradativamente os serviços para outros segmentos da população.

De acordo com a Secretária Municipal de Saúde, Lígia Cardieiri, “o prédio da clínica hoje atende às recomendações do Ministério da Saúde, da Secretaria de Estado da Saúde e, principalmente, está sendo melhor utilizado em favor dos lapeanos, pois preserva o atendimento às mulheres e assegura maior e melhor assistência em saúde aos moradores da região próxima.”

 

APROVAÇÃO

A novidade foi bem recebida por quem usa o local. “Eu frequento a clínica faz tempo, não tenho do que reclamar, sempre quando precisei fui bem atendida. Depois da clínica passar atender também os moradores dos bairros próximos, eu não vi diferença no atendimento das mulheres”, diz a senhora Valdirene do Rocio.

Com o atendimento também de homens no local, uma questão levantada foi um suposto constrangimento que as mulheres, grande maioria ainda na clínica, poderiam sofrer por terem que relatar situações ao lado de pacientes homens. No entanto a coordenadora da Clínica, Marta Emilia Crisóstomo, conta que isso não acontece. “É na triagem que as pacientes relatam o que estão sentindo e são avaliadas pela equipe de enfermagem. Essa triagem é feita individualmente, em uma sala separada da recepção”, relata.  É comum inclusive nas clínicas particulares haver atendimento de várias especialidades, com recepção compartilhada.

 

GINECOLOGISTAS NOS BAIRROS

Além da Clínica da Mulher, agora as unidades de saúde do CAIC, Vila São José e Mariental contam com atendimento de médico ginecologista uma vez por semana. A medida faz parte do processo de descentralização da saúde no município, levando os médicos para perto das casas dos lapeanos.

Durante um dia na semana os ginecologistas oferecem 32 consultas para cada uma dessas unidades. A oferta do serviço facilita a vida das mulheres dos bairros São Lucas, Esplanada, Cohapar, Vila São José, Vila o Príncipe, Vila Serafim do Amaral, e das comunidades de Mariental, Feixo e Assentamento Contestado, que têm acesso perto de casa a serviços ginecológicos como, por exemplo, o pré-natal e a coleta de preventivo. 

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