Com inverno menos rigoroso, aumenta ataque de mosquitos na Lapa

O ataque de mosquitos “borrachudos” tem sido muito intenso na Lapa. Como neste ano a região não teve inverno rigoroso, o problema é ainda maior, pois houve maior eclosão de ovos com larvas do mosquito.

Na comunidade do Passa Dois, onde o problema é mais grave, a Prefeitura, distribui larvicida biológico à população que reside próxima de rios. O objetivo é que os próprios moradores façam a aplicação, visando controle dos insetos.

O problema é que em muitos casos, a aplicação não vem sendo feita de maneira adequada, o que ocasiona desperdício de produto e não controla a praga.

Para discutir o assunto, a Secretaria Municipal de Agropecuária e Meio Ambiente promoveu, na quinta-feira (16), uma palestra no barracão da Igreja da Comunidade do Passa Dois. Na oportunidade, o médico veterinário Alisson, da Syngenta, explicou detalhes muito importantes sobre o ciclo de vida do borrachudo, as condições que favorecem o seu aparecimento (água corrente, falta de mata ciliar, matéria orgânica na água) e as formas de controle.

O veterinário ressaltou que é muito importante o trabalho conjunto e bem organizado para poder controlar a praga que, além da causar mal estar, pode provocar doenças. “A aplicação do larvicida (que é biológico e não faz mal algum para os peixes, animais e mesmo para as pessoas que bebem da água que o recebeu) é apenas uma das etapas. Antes dela, é preciso retirar a sujeira que há nos rios, impedir que o sol atinja a água (recompor a mata ciliar), aumentar a população de lambaris (comem as larvas de borrachudos) e evitar o aumento de matéria orgânica na água (não permitir o acesso de animais ao rio/córrego)”, explica.

Para que o grupo pudesse conhecer melhor, foi feita uma prática, onde o palestrante mostrou, passo a passo, como calcular a vasão do rio, a quantidade de produto, como e a que distância aplicar.

O secretário municipal de Agropecuária e Meio Ambiente, Lírio Rebellatto, ressalta a importância do trabalho em conjunto das comunidades. “A organização do grupo é fundamental. A aplicação do larvicida deve ser feita no mesmo dia em todos os pontos da comunidade. É preciso definir o dia e todos aplicarem naquele dia. Se isso não for feito, o controle fica prejudicado”, disse.

Os próximos passos a serem seguidos com o apoio da Prefeitura será a medição da vasão dos rios e córregos; cadastramento das propriedades; reunião com a comunidade para definir o dia de aplicação; distribuição e acompanhamento da aplicação do larvicida.

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