O esporte como ferramenta de educação e inclusão social

Olá, amigo leitor! Como vai? Que semana pesada em nossa cidade, ein!? Pois é… Por isso resolvi escrever e deixar minha sugestão como profissional da saúde, não para justificar um ato terrível, mas para prevenir e, principalmente, relembrar o dever do Estado e dos políticos locais sobre a importância do esporte como ferramenta de educação e inclusão social, para o futuro de nossos jovens lapeanos.

Por causa dos problemas e do ambiente em que vivem, as crianças e adolescentes que estão em situação de carência apresentam frequentes problemas de aprendizado e relacionamento nas escolas públicas que frequentam. As consequências são a repetência e os processos de disciplina a que essas crianças são frequentemente submetidas. Elas vivem em situação difícil, e não é incomum que acabem se relacionando com traficantes e viciados em drogas, passando até a usá-las, mais tarde. O esporte, aliado à educação, evita de os jovens serem aliciados por bandidos, proporcionando a eles um futuro diferente do de tantos outros que já se foram.

Inúmeros estudos apontam para as atividades físicas e desportivas como sendo importantes para essas crianças, oferecendo assim uma ampla gama de ações destinadas a preencher construtivamente o tempo livre desses jovens, contribuindo para sua formação e afastando-os das ruas. A ONU observou que o esporte, mesmo que tenha como princípio o desenvolvimento físico e da saúde, serve também para a aquisição de valores necessários para coesão social e mundial. Esporte vai muito além das disputas dentro dos estádios e ginásios. Cada vez mais cresce a sua importância como ferramenta de inclusão social.

Entendo que o esporte, como instrumento pedagógico, precisa se integrar às finalidades gerais da educação, de desenvolvimento das individualidades, de formação para a cidadania e de orientação para a prática social. A educação, através da escrita, da leitura, da sala de aula, da arte etc., tem essa capacidade de formar aquele que participa da vida política, econômica e social de sua comunidade e, consequentemente, de seu país. É neste ponto que entendemos o papel decisivo do esporte, juntamente com a educação, na busca por princípios e valores sociais, morais e éticos.

Cabe ao poder público investir e comprometer-se seriamente com estas áreas e ao mesmo tempo otimizar a interface existente entre esporte e educação como elementos básicos para a melhoria da qualidade de vida da sociedade como um todo.

Deixo aqui, mais uma vez, para aqueles que simpatizam com leis, o Artigo 217 da Constituição Federal do Brasil, para porem em prática o que os cabe, pois, afinal, nossos impostos são para tal preceito!

Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:

                      I.        a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;

                    II.        a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do desporto de alto rendimento;

                   III.        o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não- profissional;

                  IV.        a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional (BRASIL, 1988, p. 60).”

Uma vez que as políticas públicas, após serem criadas, devem ser implementadas, executadas e fiscalizadas para que se alcancem os seus resultados de forma plena.

Pratique esperança! Pratique esporte! Pratique saúde!

 

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