A conservação do solo, a diversificação e a sucessão na propriedade rural

Fazer com que o jovem permaneça atuando no campo, dando sequência ao trabalho de seus familiares é, hoje, um desafio. E um fator determinante para que os mais novos deem continuidade à atuação é o aumento da renda.

Na Lapa há vários casos de sucesso relacionados à permanência do jovem na propriedade, graças à diversidade de atividades agropecuárias que são exploradas no meio rural, como o fumo, o leite, a horticultura, dentre outras.

Na comunidade do Capão Bonito, por exemplo, existem vários casos de jovens dando continuidade à atividade leiteira. No Contestado, a horticultura tem dado uma reforçada no ânimo do jovem para permanecer na propriedade. Na comunidade da Água Azul, vários jovens estão engajados na fumicultura.

Mas, de uma maneira geral, toda essa atuação se mostra estar ligada à sensibilidade desses jovens em relação aos bons cuidados com o solo. Isso porque há a consciência de que ele precisa ser visto e tratado como um patrimônio que pertence às gerações futuras.

Então, se está se utilizando um patrimônio que é “emprestado”, é preciso cuidar dele de forma que permaneça fértil para que as gerações futuras possam amainá-lo e dele tirar o seu alimento.

Indo de encontro a este pensamento, já existente na mente dos jovens agricultores lapeanos, há que se reforçar que o ano de 2015 foi declarado o Ano Internacional da Conservação de Solos pela Organização das Nações Unidades (ONU).

Assim, o Instituto EMATER – Unidade da Lapa, através da campanha do Governo Estadual “Plante seu futuro”, irá desenvolver, juntamente com jovens da zona rural do município, ações de conservação e manejo do solo.

A proposta é de, juntamente com parceiros, realizar ações permanentes de divulgação e de capacitação de profissionais e de produtores rurais com tecnologias agrícolas que assegurem boas práticas de produção no campo.

PLANTE SEU FUTURO

A Campanha Plante Seu Futuro, da Secretaria Estadual da Agricultura e seus parceiros, está acontecendo pelo segundo ano consecutivo no Paraná e os resultados revelam o avanço no comportamento dos agricultores sobre a necessidade de reduzir o uso excessivo de agrotóxicos nas lavouras e recorrer a esses produtos somente quando for necessário.

O monitoramento da campanha ocorre em 148 Unidades de Referência com plantio de soja, que contam com assistência técnica permanente. Os resultados referem-se à safra 2014/15, que está sendo colhida.

A aplicação de inseticidas caiu mais de 50% nas unidades de referência, acompanhadas pela assistência técnica da Emater. Além da redução da aplicação de agrotóxicos, o comportamento mais relevante é o adiamento da primeira aplicação nos cultivos de soja nas Unidades de Referência. “Isso significa que o agricultor assistido por um técnico está gastando menos com a compra desses produtos, o que eleva sua renda em relação aos demais e o auxilia na prática de uma agricultura mais sustentável”, disse o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

Na Lapa, o programa terá início no ano de 2015, com o apoio do Instituto EMATER – Unidade da Lapa.

RESULTADOS

Os resultados da campanha Plante Seu Futuro serão divulgados em todas as regiões do Paraná com a promoção de seminários que terão a participação de agricultores, técnicos e lideranças regionais.

Conforme levantamento feito pelo Instituto Emater, na safra 2014/15 a primeira aplicação do inseticida fora das Unidades de Referência aconteceu ao 23º dia após a emergência das plantas. Já nas148 Unidades de Referência assistidas pela assistência técnica a primeira aplicação de produtos ocorreu somente no 63º dia – um adiamento de trinta dias.

O número médio de aplicações de inseticidas, que atingiu 5 vezes na média das propriedades rurais do Estado, foi de 2,3 vezes nas unidades assistidas, durante o ciclo todo de desenvolvimento da soja.

DOENÇAS

Em relação à aplicação da técnica de Manejo Integrado de Doenças, o resultado também foi animador. Nas mesmas 148 unidades assistidas, a primeira aplicação do produto químico ocorreu aos 70 dias após a emergência das plantas no solo. Na média das demais propriedades a primeira aplicação do fungicida ocorreu aos 40 dias.

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