O Brasil vive um momento de transição. Apesar de o pior da crise já ter passado, ainda temos pendências importantes para resolver em nosso país. A Lava Jato está ampliando tanto as suas ações que pode chegar a derrubar a república como a conhecemos. Tantos envolvidos, tantas falcatruas, muito desrespeito pelo que é considerado “público”. Essa crise política afetou em muito a economia. A incerteza do futuro faz com que vivamos sempre de ‘orelha em pé’, atentos às reviravoltas do mercado e da política, visando descobrir um caminho pelo qual seja seguro caminhar.
A palavra Crise tem duas origens. Uma é do latim “crĭsis,is” e significa ‘momento de mudança súbita, crise (med)’, outra origem é do grego “krísis,eōs” e significa ‘ação ou faculdade de distinguir, decisão, momento difícil’. Sempre que se fala em crise, pensa-se em coisa ruim e difícil, mas podemos pensar também na crise como oportunidade. Oportunidade para reavaliar os negócios, o jeito de viver e também como viver tranquilo com menos. Quem tiver maturidade para analisar esses fatores pode ser o primeiro a se levantar quando o vendaval passar. Manter-se atento ao que acontece, usando a criatividade e tendo bom senso, são os ingredientes principais para recomeçar a crescer no momento que as oportunidades aparecerem.
Mas a crise da transição também acontece nos municípios onde não houve reeleição. É o momento dos novos administradores ficarem realmente a par da situação da cidade que irão comandar durante o próximo período. A verdade é que a comunidade só ficará sabendo como está o município depois da posse do novo governante, visto que, durante a transição de governo as discussões pautam-se em ações que terão continuidade no próximo mandato e que não podem esperar até a posse (pois são de caráter contínuo). Normalmente estas informações não são divulgadas antes do início do novo mandato.
Esse momento de transição também gera uma crise para o município, visto que, nos últimos meses de mandato, o governante que deixará o cargo tem que fazer o maior esforço para acertar as contas e deixar, no mínimo, um município governável para o próximo prefeito. Quando o governante usou de parcimônia para administrar a cidade, deixará uma prefeitura melhor do que recebeu, mas quando não soube o que fazer durante o tempo de mandato, geralmente passará um problema a mais para o novo administrador municipal. Mais do que isso, a crise da transição afeta os serviços mais essenciais, necessários para a população mais carente. Projetos mal elaborados, gastos desnecessários e má administração geram mais desconforto e prejuízo do que parece. Quem padece é quem mais precisa.