Muito se fala em geração de renda e atração de empresas, mas não estamos vendo uma potencial fatia de mercado em nossa comunidade.
Na semana passada tive o prazer de acompanhar um grupo de alunos de União da Vitória, em visita à Lapa, junto com o professor deles, Pastor Daniel de Carvalho, que agora mora por lá. Eles vieram com objetivo de conhecer os pontos turísticos da cidade, mas também aprender sobre geologia e história. Fui convidado a contar a história do Monge da Lapa e acompanhar os visitantes. Foram horas muito gratificantes. Os alunos almoçaram no Lipski Restaurante, visitaram os museus da cidade e à tarde foram saborear a coxinha de farofa da Zeni. Adoraram o passeio.
Puxando a brasa para a nossa sardinha e pensando depois nessa visita, vejo o quanto podemos crescer economicamente focando em turismo cultural, histórico e de eventos. Indiscutivelmente a Lapa é um município que tem como carro chefe o agronegócio e não há como descuidar disso, mas o turismo é um potencial e possível gerador de renda a curto prazo.
Muito já foi e é feito pela área, mas precisamos de uma centralização de ações para a execução com maior impacto. Potencial temos, casario preservado temos, possível turismo rural temos e público consumidor também nós temos. A 60 km da Lapa temos mais de 2 milhões de potenciais turistas para trazer à cidade.
Iniciativas como o “Aprendiz de Tropeiro”, de Márcio Assad, “Vem prá Lapa” da Associação Gastronômica entre outras, além dos eventos como encontros de veículos antigos são passos bem dados para a consolidação desse mercado.
Quem ganha com isso? Toda a comunidade, mas, principalmente, os empresários do ramo. O turismo só vai funcionar como indústria quando não depender de poder público para caminhar.
Precisamos de mais. Precisamos de união. Precisamos de muito trabalho para efetivar o retorno financeiro. É possível.
