Secretária de Educação fala sobre o retorno às aulas na Lapa

Cristina - o fato de ser do quadro de funcionários oportunizou ter um bom relacionamento com o grupo, ter conhecimento global de como funciona a escola pública.

Em entrevista concedida ao Jornal Cidade Legendária, Maria Cristina Ganzert explicou que é preciso estar focado em um objetivo único, que é o aluno.

A Rádio Legendária AM 960 realizou, no Jornal Cidade Legendária, apresentado das 7h às 8h, uma série de entrevistas com os Secretários Municipais da Prefeitura da Lapa. Na sexta-feira, 27 de janeiro, a terceira entrevistada foi a Secretária de Municipal de Educação, Maria Cristina Ganzert. Ela falou sobre o início do ano letivo no município. Confira a entrevista concedida a Marina Varchaki.

Marina – Jornal Cidade Legendária: Secretária, o fato de estar atuando e fazer parte do quadro do magistério da Prefeitura favoreceu para aceitar o desafio de assumir a Secretaria de Educação?
Maria Cristina Ganzert: A educação é uma pasta de grande porte, de muitas responsabilidades e de bastante funcionários. O fato de eu ser pedagoga e professora, acredito que faz com que minha responsabilidade aumente. Estar à frente da Educação é, sem dúvida, um grande desafio. Penso que o maior que já enfrentei na carreira profissional. Mas, o fato de eu ser do quadro me oportunizou ter um bom relacionamento com o grupo, ter conhecimento global de como funciona a escola pública e dos anseios dos funcionários, bem como as expectativas dos alunos e dos pais. Ser do quadro é ato positivo, a minha formação dá suporte para resolver determinadas situações, mas por outro lado ser Secretária de Educação não se resume somente ao ato pedagógico, as atribuições são diversas, é preciso gerenciar o transporte escolar, a alimentação escolar, orçamento, a estrutura física e a folha de pagamento. Com base em outras duas administrações em que atuei como diretora geral da educação, concluo que este início de ano letivo será de muitos desafios. Situações precisam ser revistas e atitudes tomadas, é preciso ter austeridade no controle dos gastos. O que competir ao meu trabalho dentro da Educação vou ajudar no que puder, dentro da legalidade. A Educação que nós, professores, almejamos, será possível se houver uma gestão participativa, parceria, diálogo, esforço e compreensão mútua entre todos os envolvidos. É preciso estar focado em um objetivo único, que é o aluno.

MJCL: Neste início de não letivo, em relação a volta às aulas, como estão as escolas, os professores, a preparação para o início do ano letivo?
MCG: Os diretores e secretários e funcionários retornam as atividades em 1º de fevereiro. As aulas iniciam dia 15 de fevereiro, nos CMEI´s e nas escolas. Os professores terão os dias 13 e 14 para planejamento e formação pedagógica. A equipe da Secretaria está conduzindo o trabalho com muita responsabilidade e serenidade. É um período de rever a lotação dos funcionários e promover o concurso de remoção, traçar objetivos e organizar a central de vagas para os CMEI´s.

MJCL: Quantos são os professores e funcionários hoje da secretaria? E qual a situação em que você encontrou a Secretaria?
MCG: O quadro geral da Educação é composto por 627 funcionários, sendo 306 professores, 99 educadores infantis, 19 atendentes infantis e 19 pedagogos. Os demais cargos abrangem auxiliares administrativos, secretários, operador de computador, motorista, auxiliar de serviços gerais e cozinheiras, que somam 184 pessoas. Na transição, a gestão anterior passou a situação da Educação de maneira satisfatória. Ficou pendente para o início do ano letivo a renovação de cinco linhas do transporte escolar, que não foram renovadas em tempo hábil, gerando a necessidade de contrato emergencial, o que gera um ônus para a Educação. O concurso de remoção ao qual optamos por realizar somente para os professores e pedagogos, tendo em vista o índice ao qual se encontra a folha de pagamento. Ficou pendente também a conclusão da obra da cancha ao lado da escola Professora Sibila de Lacerda, e a necessidade de um projeto para unir a cancha a escola.

MJCL: Em relação às creches, onde os pais devem procurar informação, período de inscrição?
MCG: As informações podem ser obtidas na Secretaria de Educação com a professora Luciane, e o período de inscrição é o ano todo. As vagas novas locadas a partir de 1º de fevereiro.

MJCL: Já se tem uma ideia formada da metodologia de trabalho junto a equipe?
MCG: Então, estamos na fase final da elaboração do plano de ação da Secretaria Municipal de Educação. Para quem não sabe onde quer chegar qualquer caminho basta, mas isso para o professor não compete. O professor está sempre em planejamento, então não seria diferente na Educação se nós não tivéssemos um plano pautado em objetivos. São cinco objetivos que se interligam. Sendo qualidade na educação como primeiro, que é o requisito básico para a promoção da cidadania. Valorização na educação, é valorização como um todo, qualidade no ensino, avaliação, capacitação dos profissionais, a estrutura física, os equipamentos e o salário, são indicadores que precisam ser valorizados. O terceiro objetivo é a questão da estrutura física, as nossas escolas precisam estar adequadas para receber os alunos, precisamos otimizar os espaços. Por exemplo, as escolas que estão adotando o projeto novo Mais Educação do governo federal, eles têm que ter condições para atender estas crianças. Se a demanda é para 110 alunos, não podemos atender 150 alunos, que aí não vamos ter a qualidade. O quarto objetivo é o orçamento público, garantir a transparência e a probidade no uso do dinheiro público, destinado a educação, visando as prioridades a serem atendidas e quais as ações para esta qualidade de ensino. E o último objetivo é a avaliação de tudo, a auto avaliação, que precisa ser constante na Secretaria e nas instituições de ensino. É um instrumento da gestão e possibilitará o redirecionamento das ações, sempre que for preciso rever uma ação ela deve estar pautada em um resultado.

MJCL: Deixo o espaço aberto para demais informações da Secretaria Municipal de Educação.
MCG: Quero esclarecer em relação às férias, deixar claro que não era vontade da gestão tomar esta atitude, mas diante da situação atual em que o índice da folha encontrava-se em dezembro em 54 ponto 46, baixou para 53 ponto 63, e com o pagamento das férias esse índice subiria para 54 ponto14. O que isso implica para nós? Negativa de certidão, impossibilidade de firmar convênios, receber recursos do governo federal. A gestão está recebendo muitas críticas, mas por se tratar de uma necessidade para continuação do trabalho, a determinação se fez necessária.
(…) Agradeço pela equipe que está junto comigo levando esse trabalho a frente, que Deus nos capacite e que possamos corresponder às expectativas (…).

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