Campo do Tenente tem uma enfermeira nos comandos do Legislativo Municipal.
Solange Fávaro, enfermeira do quadro do município de Campo do Tenente, em 2016 lançou seu nome a uma candidatura despretensiosa ao cargo de vereadora em sua cidade. Foi eleita pelo PSB com a confiança de 255 votantes, coeficiente que representa 4,66% dos votos válidos. Campo do Tenente, segundo o Censo 2010 do IBGE, possui 7.125 habitantes e 57 anos de fundação.
A enfermeira disputou o pleito com o nome de Solange do Laboratório, referência a um centro de análises clínicas onde trabalhou, fazendo dupla jornada com a Unidade de Saúde Municipal.
Na terça-feira, 6 de fevereiro, a Câmara Municipal de Campo do Tenente realizou a Sessão Solene de abertura das atividades legislativas para o ano de 2018. Após saudação individual dos vereadores e do Prefeito Municipal, presente na solenidade, a direção da Casa de Leis apresentou um balanço do ano anterior. Solange é a atual Presidente da Câmara de Vereadores. Todos os discursos faziam referência a instalação de uma unidade da Pão Nino no município, em fase adiantada de consolidação da proposta. O Prefeito Jorge Quege disse que a participação da Câmara com a devolução dos recursos para a Prefeitura foi fundamental para a vinda desta empresa que deve gerar em torno de 200 empregos diretos na cidade. “Sem esta ajuda seria impossível adquirir o terreno por meio de processo de desapropriação”, informou.
A VEREADORA
A vereadora concedeu entrevista à Tribuna Regional, para contar um pouco de sua trajetória. Confira.
Tribuna Regional: Qual a sua avaliação quanto a sua eleição?
Solange Fávaro: Acredito que foi pela minha dedicação no laboratório e principalmente na unidade de saúde. Isso fez com que a população confiasse em mim.
TR: No final do ano passado a Câmara, com a sua Presidência, devolveu ao Poder Executivo R$ 80 mil que, em comum acordo, foi utilizado para a desapropriação de um terreno para a vinda de uma empresa a Campo do Tenente. De que forma foi gerada essa economia?
SF: Por exemplo, no início do ano legislativo não contratei nenhum funcionário. Desta forma já consegui alguma economia e assim foi em outros setores também. Trouxe para a Câmara a experiência de mãe e de funcionária pública que recebe um salário mínimo pelo seu trabalho. Fizemos reformas necessárias e investimos em novos equipamentos e mesmo assim conseguimos uma boa economia para os cofres.
TR: Como é relação da Câmara com a Prefeitura de Campo do Tenente?
SF: Sinceramente esperava mais do Poder Executivo. Durante o ano de 2017 tivemos muitos projetos, alguns polêmicos e de muito debate, mas sempre colaboramos. Essa devolução do recurso para viabilizar a vinda da empresa foi importante. Esse dinheiro seria destinado a aquisição de um veiculo para o Legislativo, um antigo anseio desta Casa. Mas as conversas com os empresários estavam adiantadas e a Prefeitura não tinha dinheiro para oferecer um espaço físico para a empresa. Neste momento pesou a decisão de uma mãe, de uma pessoa que conhece os anseios da população principalmente por um trabalho. Reuni o Prefeito e demais vereadores e em comum acordo decidimos pela destinação do recurso para a compra do terreno. Foi uma decisão com os pés no chão.
TR: Como é o dia a dia da Solange? A quem você recorre nas horas que surgem as dúvidas?
SF: Muito difícil. Sou mãe, continuo com o meu trabalho e sempre busco na minha equipe apoio e auxílio na tomada de decisões.
TR: Como é o relacionamento entre os vereadores e quais as metas para 2018?
SF: Nossa meta é fiscalizar. Tivemos importantes conquistas em 2017, como a audiência publica para algumas categorias que estavam defasadas no quadro da Prefeitura. Espero para este ano maior investimento, como esporte que não teve a devida atenção até agora. Nossa gestão é democrática e popular, prova disso é a grande participação de moradores de Campo do Tenente que estão sempre presentes nas Sessões, algumas vezes chegando a lotar o espaço reservado a eles.
