Cavalos na rodovia: um problema que pode ser evitado

Trabalho de sensibilização e orientação estão sendo realizados para os moradores próximos à BR-476.

Levantamento realizado pela Caminhos do Paraná mostra que a Lapa concentra a maior parte das ocorrências de animais de grande porte entre todas as rodovias que a empresa administra. Entre 1º de janeiro e 31 de maio deste ano foram registrados 117 animais somente no trecho entre o Hospital São Sebastião (km 194) e a Empresa Bosch (km 197). Destes, 87 são equinos e 30 são bovinos. Os números são impressionantes, e acionam um alerta para a população da Lapa, principalmente nessas áreas mais próximas à BR-476, sobre o cuidado dos proprietários com relação a seus rebanhos.

De acordo com o assistente jurídico da concessionária, Antonio César Havresko, cabe ao proprietário a guarda e a responsabilidade por quaisquer danos ou acidentes eventualmente ocasionados por esses animais. “A lei é clara quanto a isso, e, quando identificado o proprietário, o mesmo pode ser penalizado civil e até criminalmente por danos materiais e físicos que cães, cavalos ou bovinos venham a causar”.

Por isso, a Caminhos do Paraná e o Departamento de Controle e Bem-Estar Animal, vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente, estão realizando um trabalho de sensibilização e orientação no Cohapar, Rua Carlos Ganzert e chácaras e sítios da área e ao longo da BR-476, para que identifiquem locais onde as cercas ou portões de seus terrenos e chácaras estejam impróprios e providenciem sua regularização. Marcus Elias, gestor da faixa de domínio da concessionária, coordena esse trabalho, que inclui inspeção de cercas, orientação verbal e distribuição de uma cartilha com informações e ilustrações sobre o tema. “Esperamos que, com esse trabalho, que tem o apoio da Prefeitura da Lapa, e as informações que temos repassado, aumente o cuidado com os animais nesta região”, explica ele.

Amanda Gemin, agente de controle de zoonoses da secretaria de Meio Ambiente, reitera que o tema também é monitorado pela prefeitura. “Como órgão público, nos cabe identificar os proprietários quando registramos ou recebemos denúncias de animais soltos”. Ela afirma que o trabalho é constante, e muitas vezes os animais encontram-se em situações características de maus tratos, o que torna a situação ainda mais grave.

Marlon Carvalho, Gestor do Serviço de Assistência ao Usuário da Caminhos do Paraná, explica que acidentes com animais de grande porte têm muitas vezes maior gravidade do que saídas de pistas e tombamentos. “Mesmo se comparados a acidentes envolvendo mais de um veículo, como choques traseiros, os acidentes com cavalos costumam ser bastante graves”, afirma Carvalho. Por isso, o melhor é prevenir, mantendo o rebanho sempre bem cercado e, quando possível, vigiado.

Mais de 100 animais foram recolhidos entre o São Sebastião e a Bosch só nos primeiros cinco meses deste ano.
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