O que é ser um bombeiro? Para o Soldado Cesar Hukan é uma possibilidade de trabalhar salvando vidas e auxiliando pessoas. Na verdade, a formação de um profissional bombeiro é feita de forma a precaver e intervir nas mais diversas e inimagináveis modalidades de salvamento. Desde um acidente rodoviário, passando por um incêndio, um caso de afogamento, até um resgate em alturas, tudo isso faz parte do treinamento deste profissional.

Para Hukan, a vontade de servir como bombeiro vem desde cedo. Inicialmente formado em enfermagem, ele sentia a necessidade maior de preservar mais vidas. Encontrou-se quando prestou concurso para a carreira de Policial Militar Bombeiro. Com a entrada nesta profissão, se encontrou onde sempre queria, no salvamento e resgate imediato de vítimas as mais diversas. O treinamento, conta o Soldado Hukan, é pesado e intenso, mas sabendo que o objetivo de todo esse aprendizado é benéfico, todos os profissionais se dedicam muito.

Alguns momentos marcantes dos seus dez anos como bombeiro foram, primeiro, um caso de afogamento no litoral, onde servia na operação verão, onde um indivíduo entrou no mar, num lugar sinalizado como impróprio, na intenção de buscar uma bola. A corrente de retorno carregou o rapaz para o fundo e ele já não conseguia voltar. Hukan conseguiu avistar a ocorrência e foi em disparada auxiliar o banhista. O local era longe do posto de guarda-vidas, e, quando chegou ao local, não conseguia mais avistar a vítima na água. Com experiência e muita vontade adentrou ao mar revolto e conseguiu avistar a bola na água, não o banhista. Num mergulho para furar as ondas, olhos abertos, o bombeiro vislumbrou um vulto embaixo d´água e foi naquela direção. Conseguiu mergulhar fundo e trazer a vítima à tona. Com dificuldade voltaram à praia e aplicaram as técnicas de ressuscitação ainda no fio d´água. Após alguns esforços, a vítima reagiu. Prontamente um veículo aéreo chegou e o rapaz foi levado para ter cuidados médicos. Para Cesar Hukan, foi um grande desafio, mas uma grande satisfação ver o sucesso de seus esforços.

Muita gente reclama do tempo de ação dos bombeiros ao fazer uma chamada para o 193. Cesar conta que a ligação vai para a central dos bombeiros, onde, enquanto são colhidos os dados da ocorrência, os bombeiros da unidade mais próxima imediatamente são acionados através de uma sirene acionada à distância. Os profissionais, ao ouvirem o chamado, já se preparam para deslocamento, enquanto a Central finaliza os trâmites de informação. A coleta de informações é de extrema importância, pois previne trotes e garante a velocidade do atendimento, com mais detalhes. Ligar diretamente na sede dos bombeiros locais acaba sendo mais demorado do que acionar o 193, visto que o profissional que poderia estar se preparando para sair no salvamento tem que preencher todos os dados necessários sobre a ocorrência.

Na Lapa, um dos momentos mais interessantes e que merece destaque foi o salvamento de um jovem que voava com parapentes, saindo da pista do morro do Monge. Os ventos estavam revoltos e o rapaz ao tentar aterrissar, foi lançado para a beirada das pedras, enroscando a lona e as cordas em árvores no perau do morro do monge. A sorte deste esportista era estar com seu próprio celular em mãos. Ele mesmo ligou solicitando resgate e a unidade da Lapa foi em seu salvamento. Rapel e técnicas de montanha foram as principais maneiras utilizadas e, depois de algum tempo, o parapentista estava a salvo.

Inúmeras são as histórias destes profissionais, uma mais emocionante que a outra. Tudo isso só mostra o quão importante é valorizar estes dedicados servidores da vida. Em homenagem ao dia do Bombeiro, 2 de julho, parabenizamos a todo o destacamento da Lapa e também àqueles que daqui saíram para salvar vidas em outros prados. Seu trabalho é essencial e extremamente necessário. Obrigado pela dedicação.