Nesta data especial do dia do professor, conversamos com o jovem professor Ari Júnior, que vem realizando um trabalho fantástico em sala de aula.

No dia 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor, data em que se homenageiam os responsáveis pelo desenvolvimento da educação e do conhecimento no país, abrangendo um grupo de profissionais que trabalham desde a educação infantil até o ensino superior. Como todos sabemos, trata-se de uma das mais importantes profissões praticadas no mundo, afinal, sem ela, a transmissão de conhecimentos e a correta apreensão destes pelas pessoas seriam praticamente impossíveis. Para homenagear nossos queridos professores, nesta edição não poderíamos passar em branco. Hoje, o pequeno grande jornal fez uma entrevista com o jovem professor Ari dos Santos Silveira Pinto Júnior, que com um currículo invejável trabalha há anos em prol da educação na Lapa e vem realizando um trabalho incrível levando conhecimento aos seus alunos.

O PROFESSOR

Sempre de bem com a vida e com uma dedicação fantástica à educação, o lapeano Ari dos Santos Silveira Pinto Júnior, ou simplesmente Ari Júnior como é conhecido, atua como professor da rede estadual há 10 anos na cidade da Lapa e também já lecionou na cidade de Campo do Tenente no ano de 2014.

Formado em Filosofia, Bacharel e licenciado, tem como pós-graduações duas especializações pela UFPR (Universidade Federal do Paraná), sendo a primeira especialização em “Educação para as relações Étnico Raciais”, onde no trabalho de conclusão buscou pesquisar a presença da religiosidade do povo negro no estado do Paraná, dando um enfoque na cidade da Lapa. Em sua especialização, realizou uma pesquisa etnográfica da Congada Ferreira e a relação com a construção e simbolismo para o povo negro do Santuário diocesano de São Benedito, que tem como título “ A Congada da Lapa e a religiosidade afro-brasileira no Paraná: Cultura popular, história e memória”. No campo da prática pedagógica, Ari cursou uma especialização em Metodologia do ensino de filosofia para o Ensino Médio.

OS DESAFIOS DA PROFISSÃO

Atualmente, Ari é professor de Filosofia e Projeto de Vida no Colégio Estadual São José e também professor de Filosofia no Centro Estadual Profissional Agrícola da Lapa. “Ser professor nunca foi meu sonho de infância, mas foi minha realidade. Melhor que qualquer realidade que poderia sonhar”, comenta o professor, que relata os desafios da profissão.  “Quando chegamos na semana dos professores, recebemos inúmeras homenagens e somos reconhecidos pela nossa função, inclusive pelos governantes que muitas vezes em suas ações escolhem não garantir esse reconhecimento ao longo do ano, com valorização, estrutura de trabalho adequada, com a não cobrança por números para utilizar em campanhas políticas, mas com a garantia de que o nosso trabalho seja aplicado para garantir uma educação de qualidade, para a formação de seres pensantes e críticos”, comenta Ari.

A MOTIVAÇÃO

Para o professor Ari, sua motivação, são seus alunos. Como ele diz, parece demagogia, mas não é. “Aprendi após muitas tentativas e erros, que ter uma relação harmoniosa e próxima aos alunos garantiria maiores resultados. Não sou adepto a uma prática pedagógica em que seja visto como carrasco, nem quero ser visto como mau. Alguns não compreendem e olham como permissivo, mas é importante entender a função de autoridade do professor e saber medir com a afetividade, com parceria e companheirismo, afinal, o processo ensino-aprendizagem de modo bancário não funciona mais, talvez nunca funcionou, desculpe-me Maquiavel, mas ser temido nem sempre é a melhor saída, não é garantia de respeito”, comenta.

Para finalizar o lapeano relata que em sala de aula é espontâneo e gosta quando os alunos assim com ele, há reciprocidade. O professor busca inovar em suas práticas pedagógicas, onde busca a metodologia da teatralização por uma afinidade pessoal com a área, e outras metodologias. Ao teatralizar, o professor busca tirar os alunos da zona de conforto, fazendo com que eles percebam o significado do que é dito, das ações, do conhecimento. “É um desafio, nem sempre sai como esperado, mas continuo tentando, afinal, é isso que professores fazem, não desistem”, finaliza o professor, que parabeniza seus colegas de profissão pelo Dia do Professor.

PARABENIZAMOS

A Tribuna Regional parabeniza a todos aqueles profissionais que se dedicam a essa bela tarefa e que se empenham no seu ofício. Para ser professor é preciso vocação e dedicação e isso não é qualquer um que demonstra. Viva os professores.