Direito, direito meu: Quem poderá tirar o que é meu?

Na semana passada vimos manifestações das grandes centrais sindicais contra as reformas da previdência e, principalmente, trabalhista. Os sindicalistas foram às ruas, e inflamaram a população também a ir às ruas, gritando contra o governo, exigindo a paralisação dos projetos de reformas e, como é de praxe, levaram os seus “personais-black blocs” para fazer a baderna necessária.

Na realidade, o que se percebe é que as manifestações foram feitas para exigir a manutenção do imposto sindical (aquele que todo assalariado tem que destinar um dia de trabalho ao ano para o sindicato, obrigatoriamente). Esse valor está sendo cortado na reforma trabalhista. Não haverá mais desconto obrigatório e só contribui com um sindicato quem quiser.

Com essa medida, acaba a farra dos sindicalistas de boa vida. Agora, para conquistar o trabalhador, a organização sindical terá que oferecer algo em troca, fazendo com que o cidadão perceba vantagem em estar sindicalizado. Somente em 2016 os sindicatos receberam 3,5 bilhões de reais compulsoriamente de trabalhadores e empregadores.

O Brasil é recordista em números de sindicatos que se beneficiam das benesses de leis criadas para sugar o brasileiro. São aproximadamente 17 mil sindicatos em nosso país, enquanto que no Reino Unido são 168. A Argentina, que é um país latino americano e poderia ter o mesmo destino do Brasil, conta com menos de 100 organizações sindicais.

O que esses números nos mostram? Que é muito fácil tirar dinheiro do bolso do povo para interesses partidários e pessoais. Que precisamos amadurecer uma legislação trabalhista mais flexível, sem tantas obrigações para patrões e empregados. Todas as leis devem ser adaptadas a seu tempo e o tempo de modernizar a CLT já passou.

Alguns defensores do sindicalismo podem afirmar que estas organizações são imprescindíveis, mas a verdade é que a grande maioria das negociações trabalhistas pode e será feita diretamente. Existem, é claro, organizações sérias, que buscam melhorias para seus associados, oferecem serviços gratuitos e também auxiliam nas negociações das classes que representam, mas são poucos esses exemplos.

Resumindo: Ninguém vai tirar direito trabalhista algum com esta reforma. A carga horária não vai aumentar, as férias não vão acabar e seu salário não vai diminuir. O governo busca simplificar a burocracia que existe hoje em dia. Os sindicatos, sim, vão perder. Vão perder o que ganham de mão beijada há décadas e não poderão financiar partidos populistas. Terão que trabalhar – maior trunfo da reforma.

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