Finalmente eu entendi…

Neste dia 15 de janeiro completam dez anos da partida do meu pai, Aramis Gorniski. E, durante todo esse tempo sempre me perguntei: “O que movia a mente de meu pai?”, no sentido de entender porque ele se dedicava tanto à cidade, aos cidadãos e, principalmente ao crescimento destes dois primeiros.

Talvez eu tenha entendido, passados esses dez anos, que a idéia e os ideais de meu pai não eram mais nobres do que os de qualquer outra pessoa. A nobreza dele, hoje posso afirmar, estava em não deixar se abater por problemas e contrariedades. Ele não era calminho, não era um cara de aceitar tudo que se impusesse, e talvez por esse espírito irrequieto, tenha tido muito mais obstáculos em seus anos neste plano. Mas, tomando aquele mate amargo, sempre feito com a boa Erva Mate Legendária, ele pensava, planejava, criava e divulgava os planos, que, na sua quase totalidade, eram sempre para fomentar crescimento e desenvolvimento da nossa região, em especial, da sua amada cidade da Lapa.

Entendi muitas coisas lembrando do modo que ele vivia. Entendi outras coisas pensando em como ele enfrentava o dia-a-dia, com um sorriso maroto e sempre com muita tranquilidade. Talvez o segredo de um bom viver é dedicar sua vida aos outros. Tantas organizações, associações, grupos, partidos, os quais tiveram sua participação, estão aí hoje, fortes e firmes, levando o ideal à frente, mesmo que não saibam que, um dia, Aramis Gorniski esteve participando.

Este texto não é prá lamentar a sua perda, pois a morte faz parte da vida e, afinal, é a única certeza que temos. Este texto é prá mostrar que uma pessoa boa não morre. Ela frutifica. Ela deixa nos corações dos que ficaram um sentimento de inquietude e uma necessidade de continuar com idéias boas. Esse sentimento nos faz lembrar com alegria dos momentos que Deus proporcionou termos com meu amado pai.

Meus filhos brincam comigo, pois muito do que falo, antes afirmo: “Meu pai dizia que…”. Talvez essa seja a minha forma de manter o meu pai vivo aqui neste plano, ou, pelo menos, vivo para os meus filhos, que não puderam conhecer tão bem como eu.

Prá não me estender, finalmente entendi que as pessoas não morrem. Elas ficam para sempre morando no nosso peito e é nosso dever dar continuidade às boas ações e aos ideais pelos quais sempre lutaram.

Obrigado, meu pai, por ter sido esse cara idealista, brincalhão, irreverente e, principalmente, por me ensinar que pensar na comunidade é o melhor objetivo de qualquer pessoa.

Obrigado.

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Aramis José Gorniski


Entre em contato com Aramis José Gorniski: aramizinho@gmail.com