Jesus Cristo, no único-salvante Evangelho dEle, disse aos Seus discípulos: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á. Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?” – Mateus 7.7-11.
Cristo quer que sejamos perseverantes na oração – Rm 12.12. É como se quisesse dizer: não basta começar e suspirar uma vez, recitar a oração e ir embora. Assim como é a necessidade, também deve ser a oração. Ela não te ataca somente uma vez e depois te deixa em paz, e, sim, está sempre agarrada em ti, pendura-se novamente em teu pescoço e se nega, às vezes, a te largar. Faze tu a mesma coisa, pedindo sempre, procurando e batendo à porta, não desistindo jamais, como ensina o exemplo da viúva em Lucas 18.1-8. Ela não parou de importunar seu juiz, rogando e implorando impudentemente, e o fez com tanta impertinência até que o juiz se sentiu vencido, tendo que ajudar-lhe ainda que a contragosto. Quanto mais – assim conclui Cristo naquela passagem – Deus nos dará quando vê que não desistimos de pedir, e, sim, continuamos batendo até que Ele tenha que ouvir, sobretudo, porque assim o ordenou e mostra que Ele se agrada dessa persistência, embasada na Palavra e na vera fé.
Unindo ministério da pregação, fé e oração, assim como a necessidade sempre bate a tua porta, bate tu também e não desistas da oração e vida de oração, porque tens Sua palavra que junge mandamento e promessa, três vezes nos versículos acima. Assim também nós, como membros do povo da Palavra e da fé devemos dizer, de caso a caso, em desafio: pois ao vires necessidade, saibas, de pronto, que tenho um SENHOR necessário, verdadeiro, absoluto, em cujo nome e ordem, crente na resposta, te combato e repilo via oração. Disto também fala Tiago em sua epístola, dizendo que a oração do justo pode muito, se insistir com seriedade, e acrescenta o exemplo de Elias – 1Rs 18.1,42 –, o profeta das Escrituras. Assim também Deus o faz para te incentivar, como membro do Povo da Palavra e da fé, a não pedires simplesmente, mas a bateres, a fim de verificar se és capaz de ser insistente e de ensinar-te que, por isto, tua oração não se torna desagradável, nem deixará de ser ouvida embora demore e, muitas vezes, te deixe procurando e batendo. Mas ao fim, segundo Lhe apraz, responde e atende para além do que a razão e a inteligência podem dimensionar e ajuizar.
Por fim, o sermão inteiro do SENHOR Jesus Cristo tratou da justiça de vida das pessoas, como esperada por Deus Pai. Uma lição enorme e árdua, que exige mais capacidade de qualquer pessoa, do que mesmo o cristão mais consagrado possui, por natureza, e após a conversão. Mas aquEle, de quem toda a força espiritual deve provir, pelo ação do Espírito Santo, via Palavra e fé, está disposto a, segundo Lhe apraz, socorrer-nos em nossas fraquezas. Urge, isto sim, já e de pronto, sempre, aproximarmos dEle, com súplica persistente. Pois Jesus Cristo junge os verbos por causa da ênfase que quer dar e a oração deve ter. Ele erige um duplo clímax para ensinar as pessoas que ouvem com ouvidos crentes e seguem convictamente a orar sempre e não esmorecer, a serem inoportunos na súplica, Lc 18.1; 11.5-10. Ao simples pedir deve ser acrescido um ávido buscar, e este deve ser suplementado com um bater persistente. As promessas de Deus são evidentes. Deus ouvirá, e dará. Ele nos deixará achar. Ele nos abrirá. Nem sempre será exatamente no tempo e na maneira que nós julgamos a melhor, mas, no final, sempre se provará ser o melhor. Observe, crente, a repetição de Jesus Cristo, em firme confiança. Pois cada um/a que vem, como filho/a ao Pai, receberá, segundo e conforme Lhe apraz.