Obediência e Solicitude

É difícil conseguir relacionar todas as boas obras que podem ser depreendidas da obediência e da solicitude, frutos da fé que o Espírito Santo inspira em sintonia com o quarto Mandamento. A obediência cabe às pessoas subordinadas. A solicitude às pessoas que são superiores. Elas devem se empenhar no sentido de que rejam, adequadamente, as pessoas que são subordinadas: tratando-as com amor e fazendo todo o possível para que sejam um cristo para o próximo na forma como exercem o ser pai e mãe. Esta é uma consequência objetiva da fé. E, estas são as melhores boas obras que as autoridades podem realizar na terra com vistas ao galardão, se assim Deus o ajuizar. Na verdade, agindo assim, elas agradam mais a Deus do que se, no mais, só realizassem puros prodígios junto às pessoas subordinadas.

O apostolo Paulo escreve em Rm 12.8: “Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.” Ser útil e serviçal, em sentido espiritual, junto às pessoas subordinadas e serviçais é a máxima de quem agrada a Deus, de verdade. Porque Deus apregoa os Seus Mandamentos de modo público – Pv 1.20s. E, em toda parte, cada um de nós, do lar ao local de trabalho e vice-versa, tem como se deparar com pais e mães a honrar em conformidade com Palavra de Deus. E, é Ela quem nos faz discernir e identificar o pai e a mãe a honrar, com liberdade de consciência. Pedro disse e confessou, ‘sem chifres e dentes’, aos príncipes dos judeus: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens” – At 5.29.

Honrar o pai e a mãe que nos dão oportunidade de trabalhar e ganhar o pão de cada dia com honestidade é graça. Nós, junto a ele e a ela, precisamos empregar todo o cuidado e empenho no sentido de fazer tudo aquilo que eles nos pedem e desejam que façamos, como se feito ao próprio Deus, por meio da fé na doutrina de Cristo. Isto significa: não devemos trabalhar e fazer o nosso serviço relaxadamente de modo que as pessoas que nos deram oportunidade de trabalho concluam que somos filhos/as de Belial – Pv 6.12-15. De igual forma: quem nos dá oportunidade de trabalhar não deve fazer injustiça diante de Deus junto a nós no sentido de que nos explorem e oprimam em corpo e alma. Pai e mãe que tiram consequências da fé no quarto Mandamento de Deus devem ser honrados por nós, sem procrastinação.

Pai e mãe que são empregadores, de verdade, ajuizados ao modo do quarto Mandamento de Deus, não obrigam e nem sequer coagem quem ganha o pão de cada dia junto a ele e a ela a agir e se omitir, contrariando a totalidade dos Mandamentos. Ele e ela sabem que, assim como ele e ela, todas as pessoas precisam obedecer às pessoas que estão em condição e estado de autoridade sobre nós. No entanto, se alguém nos quer obrigar, já que diz que nos paga, a fazer algo que vai contra a consciência cativa aos Mandamentos de Deus, deve ser resistido. Fica a pergunta: será que no vasto mundo não há quem chora na presença de Deus, em intercessão, por ter sido obrigado a fazer o que Deus proíbe e condena?

Deus é quem define quem é pai e mãe a ser honrado com os critérios da Palavra. É preferível, sempre, perder honra, corpo e vida a desobedecer a Deus Pai. Obediência e solicitude são ações que devem ser levadas a cabo sem contrariar a consciência cativa ao conteúdo dos Mandamentos de Deus. Ser honrado como pai e mãe, de verdade, é uma honra.

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com