A pergunta, sempre, atual, é: onde passará a eternidade aquela gente que despreza o Evangelho; é indiferente aos princípios do Reino de Deus e Sua Justiça; julga, calunia e apregoa os pecados do próximo; busca o batismo só por tradição; vai à Ceia sem conscientização; se auto ajuíza filho e filha de Deus; se faz passar por integrante da comunhão dos/as santos/as, com dolo e má-fé? Elas são, antes, de tudo necessitadas da nossa intercessão comunitária duas vezes mais intensamente do que se suplicamos em favor das que são, por elas, julgadas, difamadas e ridicularizadas, em público e em particular. Será que pecadores/as seguros/as não estão anunciados/as para o futuro pelo malfeitor da esquerda, como o que injuriou a Cristo em Seu sofrimento, fraqueza e necessidade – Lc 23.39? Qual o fim da gente que debocha de Cristo na cruz, justamente, quando mais O deveria ter ajudado, à época e hoje?
Quando há guerras, cidades, terras e pessoas são mortas – o que é terrível – sobretudo, quando igrejas são devastadas, então, achamos que a cristandade está sendo dizimada. À vista disto, nos lamuriamos – o que é justo até certo ponto – e achamos que devemos contra-atacar em represália. Mas ninguém ou quase ninguém pensa em ‘lutar’, a começar por sua casa, pelo fato de que a fé sucumbe, o amor esfria, a Palavra de Deus não é ouvida com fé, e toda sorte de pecados toma conta, sem mais nem menos. As pessoas chamadas e investidas do serviço junto ao Evangelho devem ser as comandantes, as líderes e as ‘capitães’ da luta espiritual contra os/as ‘devastadores/as da vida que Deus pensou para nós. Elas devem ser as agentes e as chefes contra o ‘exército diabólico’, para não suceder como Judas foi para os judeus quando prenderam a Cristo. Note: um apóstolo, um sacerdote, um dos chamados foi quem começou a eliminar a Cristo! A cristandade ao modo da doutrina do Evangelho, quando devastada e aniquilada, significa a entronização do inferno no mundo.
É uma total insensatez achar que a morte do cristianismo seja via cristofobia. A própria cristandade bombardeia a moradia e as demais dependências pessoais quando desleixa no ensino e no aprendizado do Evangelho de Jesus Cristo, no lar. Que o tempo presente não seja para nós marcado pela ingratidão para com a infinita misericórdia divina que, em Cristo, nos conquistou do inferno para Deus, gratuitamente, com Seu precioso sangue, pesado labor e amarga morte na cruz. Vamos, pois, de bom grado, para ‘festa no céu’, receber a Ceia, com fé; nos arrepender e confessar pecados concretos; compadecer-nos dos fracos na fé; ficar pesaroso quando o Ensino de Cristo é desmerecido e lamentá-lo diante de Deus e interceder por isso. Além disso, por amor a Cristo é nosso dever orar por toda a outra necessidade da cristandade na terra, particularmente, das pessoas investidas de autoridade, em toda parte.
No último dia Cristo não perguntará quanto você orou, jejuou, peregrinou, fez isso ou aquilo por você mesmo, e, sim, quanto bem você fez aos próximos, aos mais pequeninos. Acontece que entre os mais pequeninos se encontram, sem dúvida, também, aqueles que estão em pecados, pobrezas, prisão e necessidades espirituais.