Testamento

Deus quer o nosso bem. Ele também quer o bem das pessoas que nos cercam, quer amigas quer não. Não há bem maior que o perdão de todos os pecados. Quem respeita a Deus e Seus mandamentos, em especial o terceiro, se depara com o fato de que Ele quer que busquemos o perdão na Ceia. E, ao fazê-lo, que estejamos presentes com o coração, a mente e o espírito, exercitando a fé. As Palavras do Testamento precisam ser observadas com diligência por quem anseia receber o perdão dos seus pecados. Aliás, sem perdão não há salvação. Cristo diz ao instituir a Ceia: “Peguem e comam, este é o Meu Corpo que é dado por vocês.” Da mesma forma falou em relação ao Cálice: “Peguem e bebam todos dele, este é um Novo Testamento Eterno em Meu Sangue, derramado em favor de vocês e de muitos para o perdão dos pecados. Sempre que fizerem isto, façam-no em Memória de Mim” – Mt 26.26-28; 1 Co 11.24s.

Cristo instituiu o magnífico, rico e grandioso Testamento no qual estão determinados e legados não juros, dinheiro ou bens temporais, mas perdão de todos os pecados, graça e misericórdia para a vida eterna, afim de que todas as pessoas que vierem a esta ministração recebam este mesmo Testamento. A morte, ressurreição e ascenção de Jesus Cristo ao céu tornam este Testamento permanente e irrevogável. O sinal e documento do Testamento Ele deixou no Seu próprio Corpo e Sangue sob o pão e o vinho. É necessário que a pessoa comensal no Testamento pratique bem a primeira obra do Terceiro Mandamento: de forma alguma duvide que seja assim como as Palavras do Testamento nô-lo indicam, e tenha certeza deste Testamento, para que não faça de Cristo um mentiroso. Com efeito, se estás presente à ministração, recepção e degustação do Testamento e não rememoras ou crês que ali Cristo legou e concedeu perdão de todos os pecados através dEle – não seria isso como se dissesses: “Não sei ou não creio que seja Verdade que aqui me esteja legado e dado perdão do meu pecado?” Ah, quanto devemos voltar a zelar, com diligência, do Testamento, ouvindo e agindo com fé embasada nas próprias Palavras do Testamento de Cristo. Por isso mesmo ninguém pode fruir dignamente do Testamento de Cristo, caso não queira provocar Deus à ira profundamente, a não ser que esteja entristecido, desejoso pela Graça Divina e ansioso por ser livre do seu pecado concreto. Ou, caso esteja nutrindo más intenções, deve ‘transformar-se’ sob o Testamento e ganhar vontade de receber a Ele. É por esta razão que antigamente não se permitia a nenhum descrente notório participar da Ceia do SENHOR. E, como está a situação, hoje? Gente séria ‘leva’ a Ceia do SENHOR à sério.

Quando a fé em relação à Ceia é genuína, o coração só pode ficar contente com este Testamento. Segue-se, então, louvor e gratidão. Por isso mesmo, em grego, a Ceia do SENHOR se chama ‘eucharestia’, isto é, agradecimento. É preciso, portanto, dar louvor e graças a Deus por semelhante Testamento consolador, abundante e venturoso, com mais intensidade do que louva, agradece e está contente quem ganha de um/a amigo/a um legado de enorme valor monetário. Todavia, muitas vezes se dá com Cristo o mesmo que sucede àqueles que enriquecem algumas pessoas com seu testamento, mas jamais são lembrados, não recebem louvor e nem sequer gratidão.

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Pastor Airton Hermann Loeve

Pastor Airton Hermann Loeve – Igreja Evangélica da Confissão Luterana no Brasil (IECLB) – Lapa/PR.
Entre em contato com Pastor Airton Hermann Loeve: pastor.air.ton@hotmail.com