Jesus Cristo, o nosso único, suficiente, necessário, indispensável SENHOR e Salvador, disse: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? Não expulsamos diabos em teu nome? Não fizemos muitos feitos em teu nome? Então lhes confessarei: jamais vos conheci. Afastai-vos de mim todos, seus malfeitores” – Mt 7.22-23.
O mundo hostil a Cristo e Seu Evangelho simplesmente despreza a Palavra – lei e Evangelho – e não quer ouvi-la, com fé presente. E, ao invés, em sua impenitência e incredulidade, anda ansioso à procura de outra palavra. Ele, o mundo que devolveu Jesus Cristo a Deus Pai trucidado na cruz, irá mandar às pessoas enfastiadas em relação à Palavra mesmo o suficiente de palavras como se fossem Palavra de Deus, para que sejam seduzidas para o abismo de todo erro, como já aconteceu, como castigo, quando igrejas se tornaram locais de prática e ensino de piedade autoescolhida, e nas escolas e outras ocasiões não se pregou e nem ensinou nada outro senão a justiça da lei e aí observou sinais mentirosos de autoria do diabo. Assim Deus, já que não tem outro jeito, castigou a indulgência com o abandono de Sua Palavra, permitindo que sinais falsos realmente aconteçam. Cristo aqui no texto anuncia suficientemente que haverá de ser assim e que as pessoas serão seduzidas e que, inclusive, os eleitos dificilmente se veem livres do engano – Mt 24.24. A questão é: para não ser seduzido descuidadamente, atente para a advertência de Cristo! A Palavra proclama, doutrina, ensina como crer e viver cristamamente e, além disto o confirmou plenamente com sinais que promovem e apontam para Cristo e Seus benefícios. Para Ele, o dito é definitivo e quer que assim aconteça, e não irá mostrar outro caminho. Incrédulos, porém, querem sempre instituir nova doutrina e estados melhores, contra a Palavra de Deus e os verdadeiros sinais.
Cristo, com palavras evidentes e facilmente inteligíveis, diz que não Lhe interessa a piedade autoescolhida, ainda que se vangloriem, dizendo: “Senhor, nós fizemos muitos milagres e realizamos muitos feitos em teu nome”. Ele, antes, pronuncia uma sentença peremptória definitiva contra os impenitentes: “Jamais os conheci. Afastem-se de mim, malfeitores”, etc. Como assim, amado Senhor? Afinal, os milagres estão aqui e ninguém os pode negar. Sim, dirá Ele, por que abandonaram minha Palavra, confirmada por meus sinais e inventaram outras coisas das quais nada sei, governando o mundo conforme sua cabeça e seguindo a estas coisas? Visto que desprezaram minha Palavra e não fizeram a vontade de meu Pai, também nada quero saber de vocês e não terei compaixão de quem não se penitencia de modo algum. Infelizmente a gente de fé, teologia, culto, piedade autoinovada não quer ser advertida e nem exortada. E ao cabo ainda autoajuízam e acham que serão as que ficarão mais próximos de Deus, mas elas terão uma supressa, antes que imaginam.
Note, em suma, que Cristo fala, no versículo acima, daqueles sinais que os falsos mestres fazem para comprovar sua doutrina, aos quais não irá reconhecer nem na base de seus sinais, nem na de suas profecias, etc. De vez em quando, Deus, em Sua ira, permite que aconteçam verdadeiros milagres, inclusive por meio de gente má e Ele os realiza através deles. Assim, por exemplo, o sumo sacerdote Caifás profetizou em Jo 11.50, e Balaão, em Nm 24.2ss., que pronunciou o mais belo sermão a respeito de Cristo. O próprio Moisés diz que o Espírito Santo de Deus se apossou dele e que teve que profetizar contra sua vontade, como também Caifás. E não há como negar que também Judas fez muitos sinais como apóstolo de Cristo, tão bem quanto os outros apóstolos e discípulos. Que podemos dizer a este respeito? O próprio João – Jo 6.70 – dá a resposta, quando diz a respeito de Caifás: “Sendo sumo sacerdote naquele ano, profetizou”. É preciso ser vigilante para não se seduzido! [Segue no outro artigo]