Revisitando o Cerco da Lapa

 

No próximo dia 17 de agosto se comemora o Dia Nacional do Patrimônio Histórico. E a Lapa, com tanta história para contar, com tantos prédios tombados… Não consegue fazer deslanchar o setor do turismo. O que falta fazer? Quais são os caminhos para atrair mais pessoas para cá?

 

Às vezes, fico me perguntando se o primeiro passo não seria fazer o lapeano valorizar sua terra, a história em que a Lapa esteve envolvida. Mas não somente contar a história que está escrita nos livros, que é sempre escrita por quem venceu a batalha. Seria interessante ir mais a fundo no passado…

 

Porque não são promovidos debates sobre a Revolução Federalista, aqui, na Lapa? Por qual motivo a história da Revolução tem pouco destaque nos livros de história? Não, não se trata de ter pouca importância. Os motivos são outros.

 

Mas, o mais importante seria valorizar a história oral, de quem participou do Cerco (infelizmente não estão mais por aqui) ou de quem ouviu as palavras de quem viveu na época. Quantos episódios poderiam vir à tona? Quanta vida se daria a história da Lapa e da república?

 

Como poderemos saber, hoje, quem matou General Carneiro? Foram os Pica-paus, os Maragatos? Nos livros de história, a versão é uma. Já no “diz que diz que”, contam de outra maneira. Infelizmente, quem viu e quem ouviu falar logo não estará mais aqui conosco. E a história que encantaria turistas e moradores, aquela que somente o povo viu e nenhum livro de história tem os detalhes para contar, se perderá.

 

E quanto ao patrimônio histórico que temos em nossa cidade. Sim, é lindo. Sim, encanta a todos que visitam o município. Mas só isso não basta. A história não vive só de prédios.

 

 

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