Mais um imposto?

Há algum tempo, a sociedade comemorava a extinção da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que de provisória não tinha nada. Mas já diz o ditado que felicidade de pobre dura pouco. Agora a criação de um novo imposto nos moldes da CPMF está dependendo apenas do empenho pessoal do Presidente Lula. Após anunciar que encamparia o tema, o PMDB espera pelo socorro do Palácio do Planalto para colocar a Contribuição Social para a Saúde (CSS) em votação na Câmara dos Deputados. O que está acontecendo é que ninguém quer assumir sozinho o desgaste de apoiar a criação de mais um imposto.

O novo imposto, a CSS, se criada, terá uma alíquota de 0,1%. Pouco, se comparado ao que era descontando de CPMF: 0,38%. No entanto, independente do valor cobrado, o problema é o brasileiro ter que desembolsar mais impostos e não ver retorno alguns na saúde, educação, segurança…

Mas a criação deste novo imposto já está tendo uma grande oposição. De acordo com o Deputado Federal Eduardo Sciarra (DEM-PR) “aumentar imposto não resolve, o que adianta é a capacidade de gestão, de saber como aplicar o dinheiro público.” Capacidade de gestão que é praticamente impossível de se ver na política. A não ser quando se fala em benefícios próprios. Veja o exemplo: no governo Lula os gastos com os servidores subiram em 37% entre 2003, quando assumiu, e 2008. Outro rombo nos cofres públicos que poderemos ver é o aumento concedido nesta semana para o Supremo Tribunal Federal, que eleva o salário de Ministro de R$ 24,5 mil para R$ 27 mil.

Com esse “pequeno” aumento, haverá uma reação cascata na economia, pois os salários de toda a magistratura são indexados aos do Supremo.

Enquanto não são fechadas as torneiras dos gastos públicos o povo paga cada dia mais impostos. E os direitos da população, esses ficam bem longe do esperado. De acordo com o IBGE, mais de 70% dos idosos dependem do SUS. Muitos reclamam do péssimo atendimento médico na rede pública e acabam procurando resolver suas doenças com jeitinhos caseiros.

A população reclama e tem motivos de sobra para isso. O Brasil está se tornando um país de idosos, dado preocupante quando pensamos no maravilhoso Sistema Único de Saúde.

O povo brasileiro precisa participar das entidades representativas e cobrar seus direitos. Fazendo pressão sobre os políticos é que se consegue melhorias para a população. No entanto, faltam líderes principalmente na juventude.

O que se vê, são jovens preocupados com o seu individualismo, seu bem estar, sem se dar conta de que ora ou outra acabarão sofrendo as consequências de sua omissão.

A reação dos jovens pode ser a falta de credibilidade com que as instituições são vistas por eles. No entanto, com tanta coisa a ser feita, não se pode ficar “vendo a banda passar”. É preciso que os políticos saibam que eles representam o povo e, assim sendo, tem a obrigação de trazer benefícios à população.

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