A Fisioterapia e as doenças do Labirinto

Vertigem (sensação que seu corpo ou os objetos ao seu redor estão girando) ou tonturas (sensação de alteração do equilíbrio corporal, mas sem que os objetos ao seu redor girem) têm se constituído em queixas freqüentes em clínicas de fisioterapia e, não raramente, esses sintomas limitam a capacidade de trabalho e interferem no dia a dia de boa parcela da população.

Comumente chamada de Labirintite, a Vertigem Postural Paroxística Benigna (VPPB) é uma alteração de natureza inflamatória ou infecciosa da parte interna da orelha: o labirinto.

O labirinto é o órgão que forma a orelha interna e é constituído de: três canais semicirculares que são responsáveis pelo equilíbrio, pela cóclea que é responsável pela audição e, por uma câmara central chamada vestíbulo. Todas essas estruturas formam o chamado sistema vestibular periférico que, juntamente com os músculos, articulações, tendões e visão, enviam informações ao cérebro a respeito da posição e da direção dos movimentos da cabeça e das estruturas corpóreas, objetivando manter o equilíbrio corporal.

Todas essas informações são enviadas para o sistema nervoso central (cérebro) onde são analisadas, comparadas e integradas e, quando existe conflito entre essas informações, ocorrem os desagradáveis sintomas das labirintopatias ou doenças do labirinto.

A reabilitação vestibular ou do labirinto foi criada em 1946 na Inglaterra por um fisioterapeuta e por um médico conjuntamente. No Brasil ela foi introduzida duas décadas atrás e atualmente vem despertando interesse dos profissionais da área da saúde. O trabalho do fisioterapeuta nestes casos é baseado em exercícios simples e sem efeitos colaterais, sendo sua eficiência e sua eficácia bem documentada na literatura mundial.

Percebe-se que as pessoas que sofrem com as tonturas tendem a ficarem deitadas e muitas vezes acabam abandonando suas atividades da vida diária com medo de sofrer uma nova crise.

A fisioterapia aplicada às doenças do labirinto introduz de maneira gradual exercícios de movimentos oculares e de cabeça, exercícios para o treino de equilíbrio e, dependendo do quadro clínico, manobras passivas de cabeça, ou seja, aquelas realizadas pelo próprio fisioterapeuta. Essa modalidade de terapia estimula o sistema nervoso central a restaurar o equilíbrio levando a uma grande melhora dos sintomas e, conseqüentemente um aumento na qualidade de vida e na independência das pessoas com labirintopatias.

Ninguém precisa aprender a conviver com a tontura! A Fisioterapia pode ajudar você!!

Informações dadas por Cristina Abramczuk, Fisioterapeuta do Hospital Regional da Lapa.

O Hospital Regional da Lapa São Sebastião está utilizando este meio de comunicação com a população, pois acredita que informação faz grande diferença quanto à prevenção, que é a melhor arma para combater doenças.

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