A influência das competências pessoais na hora da demissão

Atualmente, as empresas têm focado muito nas competências que o profissional precisa ter para que seja contratado. Mas, com a crise e muitas vezes as necessidades de redução de custos, diversas organizações se vêem obrigadas a fazer cortes de pessoal e chegam ao dilema: quem demitir?

Notando essa dificuldade das empresas, os acadêmicos Aline Roberta de Freitas Silva, Carla Viviane de Andros, Clauzeni Aparecida dos Santos, Edna Aparecida Alves, Everton Jonie Vascavski, Paula Franciele da Silva Simeão e Madalena da Silva Almeida, decidiram estudar mais a respeito e elaborar seu trabalho de conclusão de curso para a Faculdade Spei. Os alunos estão concluindo o curso de Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos e identificaram que uma avaliação por competências pode ser de grande utilidade no momento da tomada de decisão sobre uma demissão, pois procura preservar os funcionários mais capacitados.

Para justificar o trabalho e o sentimento em relação à demissão, foi realizada pesquisa de campo com 690 pessoas em Curitiba e região metropolitana. Os dados monstram que nos últimos 5 anos, o índice de demissões foi de 33%. Destes, 56% eram mulheres e 44% homens.

Quando foram questionados sobre o sentimento no momento da demissão, 33% dos entrevistados relataram sentir raiva, o que muitas vezes é ocasionado pela falta de reconhecimento mediante o trabalho prestado e ao tempo dedicado à empresa. Outros 29% revelaram sentimento de injustiça, e ainda 21% expressaram baixa auto estima. Apenas 8% dos entrevistados relataram ter sentido alívio em relação à demissão.

Segundo o estudo dos alunos da Faculdade Spei, a não consciência das empresas em relação às consequências causadas ao indivíduo demitido leva a um processo de demissão irresponsável. A falta de feedback no momento da demissão pode induzir o indivíduo a questionar sua capacidade profissional e consequentemente a ter problemas emocionais podendo levar a depressão e problemas físicos.

Por isso, o caminho para evitar seria procurar manter os profissionais mais qualificados, detentores de competências consideradas essenciais para agregar valores à empresa. No entanto, quando a demissão é inevitável, deve-se entrar em jogo o chamado quociente emocional (QE) de ambas as partes. Tal prática traz consigo a empatia e a capacidade de lidar com as dificuldades. 

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