Como vai sua saúde financeira?

Impulso consumista! O dilema  é antigo, mas a indefinição persiste por toda a nossa vida. O apelo ao consumidor é massificante, e é um tal de gente sair gastando à toa por aí, comprando toda sorte de quinquilharia que não sobra nada para poupar. Se quando nada sobra já é ruim, imagine quando a gente entra no cheque especial ou fica devendo no cartão de crédito.

A procura do equilíbrio é  tarefa inglória, exigindo uma mudança de comportamento e um total controle sobre impulsos consumistas e perfeita administração nas datas tradicionais de compras.

Um consumo por tradição seria por conta daquelas ocasiões em que somos compelidos a consumir por  conta de datas comemorativas: Natal, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Dia de Finados (o preço das flores sobe uma barbaridade e, se bobear, reflete no índice de inflação) e tantos aniversários (conheço gente que comemora o aniversário do cachorro, do automóvel e do dia que acabou de pagar o financiamento da casa). Pergunto: que justificativa racional existe para essa febre de presentes  e de gastos? Porque sair correndo para comprar provocando aumento de preços e inflação? Como vocês já sabem, alguns só compram ovo de Páscoa no dia seguinte, quando os preços já caíram pela metade e tanto faz a grife do chocolate, desde que seja conhecida, nunca a mais cara. Por acaso as crianças já sabem a diferença de qualidade? Elas querem é a farra de procurar os ovinhos escondidos, coisa que os pais hoje em dia já têm preguiça de fazer.

Impulso consumista seria  o consumo descontrolado, compulsivo e irracional, que, às vezes, até comporta algo de tradição no comportamento. Já pensaram quanto custa uma  indumentária feminina para ir a casamento? O tal vestido para o casamento e seus acessórios, na média, na base de uns R$ 1.000,00, para serem gastos provavelmente em uma única usada, pois, não há mulher que aceite repetir vestido em casamento. Já pensaram quanto renderiam esses R$ 1.000,00 na poupança, pelo resto da vida?

Consumir para aderir status é outra bobeada. Com o advento das novidades no mundo da informática, fica feio não ter o seu Laptop, apesar de um PC em casa. Se  fizer as contas, os R$ 2.000,00 do equipamento dobraria seu valor em quatro anos depositados em fundos de investimentos nas sempre maiores taxas de juros do mundo aqui vigente, enquanto aplicamos em equipamento ocioso, que nada mais valem após dois anos de obsolescência.

Por essas e outras, que vale novamente a dica, autocontrole, equilíbrio e reflexão na hora do consumo. Isso vale também para as empresas. Mas esse assunto trataremos em futuro breve, com dicas para sair do vermelho e administrar seus lucros, até lá.

Alipio Moreira dos Santos é Economista, pós-graduado em Administração Estratégica, Consultor Empresarial e Pessoal, para áreas Organizacional e Financeira,  Diretor da SINTEG – Soluções Integradas em Negócios, Perito Judicial e Extrajudicial, Professor da Faculdade Educacional da Lapa – FAEL e Universidade do Contestado – UNC para disciplinas de Finanças e Economia.

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