Devido ao grande número de reclamações recebidas pela Tribuna em relação ao atendimento em saúde no município da Lapa, encaminhamos questionamentos à Assessoria de Comunicação para que prestasse esclarecimentos sobre os fatos.
Foram feitos questionamentos a respeito do atendimento na Clínica da Mulher e do Atendimento Odontológico na Vila do Príncipe. Acompanhe as informações dadas a respeito pelo Secretário de Saúde, José Pazzinatto Filho.
T.R.: Há quanto tempo a clínica está atendendo somente gestantes?
J.P.F.: Na Clínica da Mulher não estamos atendendo somente gestantes, mas sim todas as pacientes que são encaminhadas pelo P.S.F. (Programa Saúde da Família) com referências.
T.R.: Há médicos suficientes? Se não, qual o motivo?
J.P.F.: Quanto ao número de médicos não consideramos a suficiência, mas dentro das possibilidades do momento é o que podemos oferecer.
T.R.: As mulheres que necessitam de consultas, seja para realizar o exame preventivo ou qualquer outro tratamento ginecológico, devem proceder de que forma? Quais alternativas a saúde municipal oferece?
J.P.F.: Os exames preventivos são realizados por médicos clínicos gerais e enfermeiras nas unidades dos Postos de Saúde do Programa Saúde da Família, e na Clínica da Mulher quando a paciente residir em localidade que não for assistida pelo P.S.F. (Programa Saúde da Família).
T.R.: Medicina Preventiva. Sem o atendimento adequado a todas as mulheres, o município deixa de praticá-la. Isso gera conseqüências de maiores gastos com saúde pública. Como a Saúde Pública Municipal está encarando o fato?
J.P.F.: Em todas as Unidades de Saúde do município estamos praticando medicina preventiva, através de orientações individuais, palestras, visitas domiciliares (quando necessário) e buscas ativas às pacientes.
T.R.: Há previsão de retorno de atendimento a todas as mulheres?
J.P.F.: Todas as mulheres são atendidas por médicos ou enfermeiras qualificadas e de acordo com o grau de enfermidade e urgência, as mesmas são encaminhadas às especialidades (Clínica da Mulher).
T.R.: Precisando de atendimento ginecológico, gestantes ou não, devem proceder de que forma? Qual o endereço, telefone, horário de atendimento?
J.P.F.: Para atendimento a gestante e mulheres com problemas ginecológicos diagnosticados há necessidade de especialidades. As mesmas devem ser encaminhadas à Clínica da Mulher, no endereço: Rua Eduardo Correa, n.º 35, Centro, Lapa – PR. Telefone (41) 3911-1040 e (41) 3911-1152 (n.º provisório).
OBS: Para exames de rotina (preventivos), as mulheres deverão se encaminhar aos Postos do P.S.F. (Programa Saúde da Família) ou, quando a localidade de sua moradia não for assistida pelo Programa, para a Clínica da Mulher.
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Em face às respostas recebidas, encaminhados outros questionamentos à Secretaria de Saúde Municipal. E, até o fechamento desta edição, não havíamos recebido retorno. Isso aconteceu pelo motivo de termos constatado que o atendimento não está acontecendo exatamente como foi esclarecido nas respostas anteriores.
Questionamos:
Para se realizar a consulta periódica, que deve anual (ou às vezes até em menor tempo, dependendo do caso), não está sendo feito atendimento, a não ser que a cidadã esteja grávida. Podemos fazer tal afirmação pois fomos até a Clínica e não foi possível marcar consulta. A justificativa era de que somente grávidas estavam sendo atendidas, por conta de haver poucos ginecologistas para a demanda.
Um dos questionamentos levantados foi: se a cidadã quer/precisa realizar a consulta periódica e tem que passar primeiro pelo clínico geral para ele dizer que realmente precisa da consulta especializada, pode passar por constrangimento. Não porque o médico clínico geral não seja de confiança, mas porque se trata de questão de saúde em sentido mais íntimo da mulher. Muitas moradoras da zona rural, ou mesmo da cidade, que são mais introvertidas, tímidas, podem se sentir constrangidas e deixar de realizar o exame periódico. Correndo, assim, o risco de não diagnosticar doenças existentes.
Outro ponto questionado foi o fato de que o atendimento estar acontecendo primeiramente com Clínico Geral não se fazia necessário até um tempo atrás. Foi questionado o motivo desta política de atendimento na Lapa.
Questionamos, também, quais são os postos de saúde no município que atendem o Programa Saúde da Família.
Assim que tenhamos as respostas, divulgaremos para você, leitor.
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Em relação ao atendimento odontológico na Vila do Príncipe, fizemos os seguintes questionamentos:
T.R.: Como está funcionando o atendimento na cidade e no interior do município?
J.P.F.: O atendimento odontológico está sendo fornecido diariamente da seguinte maneira: Cidade: CAIC.
Interior: nas localidades de Água Azul e São Bento.
T.R.: Onde é possível agendar consulta?
J.P.F.: No próprio local de atendimento.
T.R.: Na Vila do Príncipe, estão sendo reformadas as instalações. De que forma estão sendo atendidas as pessoas que dependem daquele posto?
J.P.F.: Os pacientes que dependem ou dependiam do atendimento da Central Odontológica da Vila do Príncipe foram transferidas para a Unidade de Atendimento do CAIC, temporariamente.
T.R.: Quando as obras foram iniciadas e qual o prazo do término dessas reformas?
J.P.F.: As obras iniciaram em junho/2009 e estão em fase de conclusão. Estas reformas não são somente arquitetônicas, mas também estão sendo feitas instalações de equipamentos complexos, que exigem técnicos especializados e que não fazem parte do quadro funcional do município e por esse motivo, há necessidade de procedimentos licitatórios que demandam cumprimento de prazos legais.
T.R.: Os funcionários deste posto estão atendendo? Foram remanejados? Para onde?
J.P.F.: Os funcionários estão todos trabalhando nas unidades em funcionamento (CAIC, São Bento e Água Azul) e na Unidade Central organizando, higienizando, enumerando documentos, inspecionando equipamentos, excetuando-se os que estão em férias e em licença maternidade.
T.R.: Qual o motivo de o Posto da Vila do Príncipe, com instalações e funcionários, não ter sido remanejado para outro imóvel até que as reformas sejam concluídas?
J.P.F.: Remanejar a equipe de profissionais é possível. Impossível é remanejar o local de atendimento odontológico temporariamente para outro imóvel. Para realizar o atendimento em outro imóvel, além do espaço físico, seria necessário adequar toda a estrutura hidráulica e elétrica para instalação das cadeiras e equipamentos que compõem cada conjunto. Ou seja, inviável financeiramente por ser um período relativamente curto de ocupação.
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Em face às respostas recebidas voltamos a questionar a Secretaria de Saúde.
Nos informamos e atendimento odontológico do CAIC não está acontecendo normalmente, pois está atendendo somente emergências. Desta maneira, os pacientes da região da Vila do Príncipe e CAIC não estão tendo uma opção adequada para atendimento, comparando-se ao que acontecia antes do fechamento do posto para a reforma.
Quanto ao início e término da reforma: fala-se em reforma rápida. Mas, pela resposta às questões, ela já vem acontecendo há mais de seis meses. Para a população que necessita de atendimento, esse período não é curto.
O trecho da resposta em relação aos prazos: “há necessidade de procedimentos licitatórios que demandam cumprimento de prazos legais”, fica a dúvida se a reforma será realmente rápida. Além de preocupar em relação à população que necessita de atendimento.
Questionamos: Qual o prazo esperado para o término das obras. Perguntamos também sobre a necessidade de analisar outra forma de atendimento odontológico para a população, em casos como este, de reforma.
Em relação aos funcionários: “(…)e na Unidade Central organizando, higienizando, enumerando documentos, inspecionando equipamentos (…).” Questionamos se há necessidade de realizar este serviço por todo esse período, desde o início das reformas. Perguntamos, também, quantos funcionários são necessários para tais trabalhos.
