Numa bela e emocionante solenidade foi comemorado o Dia do Exército Brasileiro, nas dependências do 15º Grupo de Artilharia de Campanha Auto Propulsado, sob o Comando do Ten Cel Milton José de Mello.
Estiveram presentes à solenidade várias autoridades civis e militares, inclusive o General de Brigada, Gen Cláudio Coscia Moura, Comandante da Artilharia Divisionária, e centenas de familiares de soldados incorporados nesta Unidade neste ano de 2010, onde lhes foi entregue a Boina Preta, símbolo do Combatente de Unidade Blindada.
O entusiasmo, a disciplina e a emoção da entrega da Boina Preta por seus familiares, principalmente mães e pais, motivou forte emoção, mesclando com o orgulho de envergar a Farda do Exército Brasileiro.
Foi lida a Ordem do Dia do Comandante do Exército, seguida de uma bela narrativa proferida pelo Ten Cel Mello, Comandante da Unidade, sobre a honra desta Farda, desde os idos de1648 até nossos dias, cujos bravos Soldados do Brasil combateram os mais temíveis e ferozes combatentes adversários, em guerras sangrentas contra os invasores Holandeses, Guerra do Paraguai e por último na 2ª Guerra Mundial, onde exércitos poderosos, terríveis combatentes se fizeram duelar, e o Soldado Brasileiro não deixou jamais sua Bandeira rolar no solo, no campo de batalha.
Vamos voltar no tempo, aos idos de 1648, nas Batalhas encarniçadas de Guararapes, onde o Paraibano- André Vidal de Negreiros, o Índio-Potí (Felipe Camarão) e o Negro-Henrique Dias, formando um Grupo de Combate, dão origem a formação do Exército Brasileiro, onde já se fazia sentir o sentimento pátrio do povo brasileiro, formado pelo branco, o índio e o negro.
A luta contra os invasores holandeses foi terrível, um exército poderoso e bem armado, mas contra bravura, o combate se torna horripilante, e assim o sentimento de brasilidade se fez presente e o ardor desta farda se fez expulsar os invasores de nossa pátria.
Caxias, olha a sua Tropa, mede a dificuldade ante um inimigo implacável, desembainha a sua espada, golpeia no ar e aponta a direção: “ a Ponte do Itororó”, e dá o Brado “Sigam-me os que forem Brasileiros”; a luta é de gigantes, de ferozes combatentes dos dois lados e a Bandeira Brasileira é hasteada no campo agressor.
Marechal Mascarenhas de Moraes, com seus “Pracinhas”, atravessa os oceanos e vai aos campos de batalha da Europa travar os mais encarniçados combates do século XX, onde os agressores do mundo, não sabiam que do outro lado havia soldados valentes e que sabiam lutar iguais a eles, e o Soldado Brasileiro empunhando a Bandeira de sua Pátria e do seu Exército tremulava ao vento embalada por seus hinos e canções:
Já podeis da Pátria filhos
Ver contente a mãe gentil
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil
Ouviram do Ipiranga às margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos
Brilhou no céu da Pátria neste instante…
Você sabe de onde eu venho
Venho do morro, do engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco
Dois é bom, três e demais…
Estes hinos, estas canções e esta Farda formam o trio de bravura do nosso Exercito e honra de todo o povo brasileiro e de todos os soldados que a ela envergam, e na mais pujante das batalhas de todos os tempos, a 2ª Guerra Mundial, o Brasileiro se fez presente na Formatura dos Bravos, com o olhar erguido, com o corpo mutilado de sacrifícios, mas com a alma radiante do dever cumprido , ao lado dos vencedores, recebendo os aplausos pela tenacidade e bravura no combate.
MISSÃO CUMPRIDA, olhar altaneiro, olhar distante observando o imenso oceano a atravessar, cantando alegremente para toldos os povos livres da Terra, o seu saudoso cantinho de viver
“Deixei lá atrás meu terreiro
Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina
Onde canta o sabiá”
Isto e este é o Exército Brasileiro, um Exército nunca vencido; por onde andou e lutou, foi por honra da Pátria ferida, e como disse o grande poeta:
“Minha terra tem palmeira
Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá”!
Viva o Brasil, viva o Exército Brasileiro.
Abdalla João Dardaque, Sub Ten R/1.