Nesta sexta-feira, dia 30, comemora-se o dia nacional do ferroviário. Profissionais responsáveis por boa parte da circulação e escoamento de mercadorias, que geram parte significativa da riqueza de nosso país.
A data é alusiva À primeira circulação de uma locomotiva em território brasileiro, no dia 30 de abril de 1845, onde se pôs em movimento locomotiva Baronesa no primeiro trecho ferroviário do Brasil, a Estrada de Ferro Petrópolis, que partia da Praia da Estrela ligando-se com a raiz da serra de Petrópolis. A iniciativa foi de Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, conhecido como o empresário do império.
No Paraná, há 125 anos estava vencida a subida da serra com o primeiro planalto. Foi inaugurada a magnífica Paranaguá-Curitiba, trazendo aos paranaenses uma nova era na sua história. Esta onda de progresso não tardou muito a chegar à nossa legendária terra lapeana.
Em vista da expansão da malha ferroviária, foi inaugurado em 11 de novembro de 1891 o trecho Serrinha – Lapa, naquela data precisamente às 12h a pequena Lapa de então ouvia os primeiros apitos de uma ” Maria Fumaça”.
E esta mesma ferrovia viria a trazer os imigrantes, os circos, as companhias teatrais que se apresentaram no Theatro São João, bem como fazia o transporte da erva mate e da madeira, tão importantes para consolidação de nossa economia.
A frágil estação de madeira não só assistiu as chegadas e saídas,aos sons dos choros tristes da partida, como a alegria do abraço do regresso, o tilintar do sino avisando as chegadas e partidas, o apito do chefe de trem, como também, no episódio do Cerco da Lapa serviu de palco de um dos maiores combates: A Retomada da Estação.
Lá se vão 119 anos de ferrovia na Lapa. E já estão sendo preparados uma série de eventos para comemorar, em 2011, os 120 anos de ligação férrea Curitiba Lapa.
A todos os ferroviários, ex-ferroviários e ferroviaristas os parabéns pela data e por função tão importante. E um forte apito!!!
Gravura feita por Poty Lazzaroto, que era filho do lapeano ferroviario João Lazzaroto. Poty homenageou nessa gravura o “guarda freios”, uma das funções mais perigosas desempenhada por um ferroviário.
Kallil Assad é um amante da Ferrovia e idealizador do documentário “Na beira da linha”, que está em fase de finalização.