A localidade do Feixo foi palco de mais uma homenagem àqueles homens, que a passo de tropa, redesenharam o mapa de nosso país , fazendo do sul, até então espanhol, território brasileiro.
A comemoração ao dia do tropeiro ocorreu, como tem sido feito há seis anos, na propriedade de Hilário Rodrigues.
Comitivas de diversos municípios da região se dirigiram em cavalgadas de 25 até 60 quilômetros, conforme a distancia de seus municípios de origem, até o local do encontro. Na mais pura tradição tropeira, os cavaleiros montam em sua maioria animais mulares (mulas e burros), que chamam a atenção pelo porte e diversidade de cores.
Além do animado pouso das comitivas (de sábado para domingo) a comemoração contou com missa crioula, almoço típico e aquilo que os tropeiros gostavam muito de fazer em seus poucos momentos de descanso: a boa prosa sobre tropedas, carreiras (corridas) de cavalo e mula e muitas histórias sobre suas viagens. O evento foi registrado por duas emissoras de televisão e visitado por uma equipe produtora de cinema que tem projetos para a temática.
Um dos destaques do evento foi a abertura ao público do museu do tropeiro (acervo particular de Hilário Rodrigues), que traz peças raras, dificilmente encontradas em outras instituições museais no país dedicadas ao tema. Esse ano a comemoração ganhou um toque de arte, pois a artista plástica Paula Schimidlin (que está com a exposição Tropeiros na Casa da Música), pintou duas telas ao “vivo e a cores”, para o encantamento de todos os presentes.
Márcio Assad é tropeirista e iniciou como colunista nessa Tribuna no ano de 1976