31 de maio – Dia Mundial Sem Tabaco

No dia 31 de maio comemora-se o Dia Mundial sem Tabaco. Para reforçar os malefícios do vício, o Proerd juntamente com a Prefeitura da Lapa e Colégio Cooperativa, promoveram no dia 27 de maio uma blitz de conscientização na Praça General Carneiro. No dia quem  passou pelo local recebeu panfletos sobre as conseqüências do cigarro para as mulheres e também foram dadas informações sobre a importância de  não fumar ou de abandonar o vício.

Os alunos participantes são alunos do Proerd e recebem constantemente informações sobre os riscos de drogas ilícitas e lícitas, como o cigarro. De acordo com Afonso, instrutor do programa, “as crianças se conscientizam e levam as informações para a família, mudando muitas vezes os hábitos em casa”.

O panfleto distribuído pelas crianças foi produzido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) e tem como foco a mulher. O slogan é “Mulher, você merece algo melhor que o cigarro!”. E, segundo o Inca, As mulheres que fumam têm maior risco que os homens de desenvolver câncer de pulmão. O tabagismo está associado ao câncer do colo de útero, segundo tipo mais comum entre as brasileiras. E o risco de doenças do aparelho circulatório chega a ser 10 vezes maior em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam. Outro dado preocupante é de que a exposição à fumaça do tabaco durante a gestação também aumenta as chances de episódios de hemorragia, complicações com a  placenta e durante o parto. Além disso, mesmo depois de dar à luz, quando a mãe fuma, a nicotina do cigarro contamina o leite e é absorvida  pela criança. O tabagismo também aumenta o risco de osteoporose, infertilidade e menopausa precoce entre as mulheres.

Se você é fumante e deseja parar de fumar,  não desanime! O SUS oferece tratamento gratuito para quem deseja largar  o vício. Para orientações sobre como deixar de fumar ou encontrar um centro de tratamento mais próximo a sua casa, basta ligar para 0800 611997.

Riscos

Na data em que se comemora o Dia Mundial Sem Tabaco, é importante relembrar os riscos que o cigarro traz para a saúde dos fumantes ativos e passivos. Doze estados brasileiros já aprovaram a lei antifumo, que proíbe o consumo de cigarro em áreas fechadas e de uso comum, entre elas, as empresas, os transportes coletivos e os bares e restaurantes, com o objetivo de beneficiar a saúde da população em geral. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de sete fumantes passivos morrem por dia em decorrência da inalação da fumaça do cigarro de terceiros.

O cigarro é uma das principais causas dos problemas respiratórios, pois é o responsável pelo desenvolvimento de doenças pulmonares como câncer, enfisema, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e infecções. Em 95% dos casos de tabagismo, as  lesões no tecido pulmonar causadas pelo cigarro são irreversíveis, mesmo que a pessoa tenha parado de fumar há muitos anos.

A proibição do cigarro em locais públicos é  um fator que pode contribuir com a diminuição do número de fumantes, pois 60% das pessoas que consomem o tabaco não são dependentes e a inibição pode ajudá-los a abandonar este hábito. A DPOC engloba a bronquite crônica e o enfisema pulmonar, trata-se de uma doença de evolução progressiva que se desenvolve após a exposição prolongada dos brônquios (estrutura que leva o ar para dentro dos pulmões) às substâncias tóxicas contidas na fumaça inalada do cigarro. Como consequência, ocorre a inflamação brônquica (inchaço e aumento da produção de catarro nos brônquios) e a destruição dos alvéolos do pulmão  (pequena estrutura responsável pela troca gasosa). O cigarro é responsável por 90% dos casos de DPOC, doença que atinge mais de sete milhões de brasileiros. Entre 20% e 30% dos fumantes desenvolvem a DPOC após os 40 anos, sendo que alguns estudos sugerem que as mulheres são mais susceptíveis aos efeitos maléficos do cigarro do que os homens.

Os principais sintomas da DPOC são tosse crônica, produção de catarro e falta de ar, principalmente quando a pessoa faz algum esforço físico. Normalmente, os sintomas aparecem de maneira lenta e progressiva, sendo comum o paciente somente dar atenção ao problema quando o quadro piora. A falta de ar (dispneia) é o sintoma que mais provoca limitações ao paciente. Nas fases mais avançadas da doença, o paciente tem dificuldade para realizar atividades simples como  tomar banho, trocar de roupa e fazer caminhadas curtas.

O fumante tem mais facilidade em ser infectado por bactérias e vírus que atingem os pulmões e com isso, desenvolver a pneumonia. Esta facilidade é explicada pelo aumento da produção de muco nos pulmões do fumante, uma reação do organismo contra as substâncias contidas no cigarro, que o torna mais suscetível à pneumonia, principalmente a de tipo bacteriana, caso ocorra uma diminuição da defesa imunológica.

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