A Tribuna adere ao Paraná que Queremos

Estamos às voltas com as denúncias contra a Assembleia Legislativa do Paraná. E é tanta sujeira por debaixo dos tapetes que muitas pessoas já devem estar cansadas de ouvir falar no assunto. No entanto, é preciso reanimar os ânimos e não deixar o assunto  passar em branco.

Devemos lembrar que, se somos realmente cidadãos, ou se assim nos intitulamos, não devemos nos restringir a votar. Não é somente neste momento que devemos nos manifestar.

E a OAB do Paraná lançou, no início de maio, a campanha “O Paraná que queremos”, com o objetivo de ampliar a consciência política da população. A instituição pede para que o estado não deixe que os escândalos da Assembleia sejam colocados “para debaixo do tapete”. O movimento pede ainda a “valorização de um Paraná justo, honesto e à altura de todos os paranaenses”.

O movimento está revelando a capacidade de  reação da sociedade paranaense. Além de protestos de entidades estudantis que se espalharam por todo o estado, o movimento já conquistou a adesão de mais de 1800 pessoas físicas, entidades representativas da sociedade civil e empresas. Para especialistas, a participação da sociedade civil na vida pública é legítima e também deve  ser interpretada como um dever dos cidadãos. Segundo eles, um pressuposto da democracia é que a população esteja no cotidiano político. Além disso, a adesão dos paranaenses ao movimento é um sinal de maturidade democrática.

Em menos de uma semana, o número de entidades e empresas que aderiram ao movimento “O Paraná que queremos” aumentou cinco vezes. A Tribuna Regional também aderiu ao movimento. Você também pode participar como pessoa física, ou então cadastrando sua  empresa, associação ou instituição.

Na Lapa até o fechamento desta edição haviam se engajado ao movimento este jornal, Fabiano Kaled Advocacia, Madruga Duarte Consultoria de Comunicação, Correa Motos, José Carlos Maidl e Cláudio Ribas Pinto.

Na relação de entidades e instituições engajadas percebemos que Associações Comerciais de algumas cidades aderiram ao movimento. As associações das cidades da região não irão se engajar? Onde estão os sindicatos, entidades, empresas e pessoas da Lapa  e região que ainda não aderiram? Onde estão as pessoas que reclamam da política? Esta é a hora de se manifestar, mostrar a indignação e lutar por mudanças reais.

Especialistas afirmam que os movimentos de  combate à corrupção derrubam a ideia de que o voto é a única forma de participação política. Apesar de as eleições serem o ápice do sistema representativo, a política deve fazer parte do dia a dia das pessoas.

Para o professor de Ciência Política Ricardo de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), há uma nova cultura política no estado. “A campanha já é um sucesso porque conseguiu mostrar a indignação e provocou mudanças. Esse é o sentido pleno da cidadania. Isso mostra que a Assembleia não é independente da sociedade”, afirma ele.

E o professor de Filosofia Elve Miguel Cenci, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), diz que além de os protestos tirarem os envolvidos da situação confortável, é altamente salutar que as pessoas se organizem e se manifestem em uma democracia. “O que me surpreendeu foi a reação negativa de parte da Assembleia com relação a esse movimento. Os eleitos devem justamente representar as aspirações da sociedade com o interesse público e ouvi-los”.

Se você não quer ficar de braços cruzados vendo toda a malandragem acontecer bem debaixo dos seus olhos na política paranaense, não demore a se manifestar! Você pode aderir à campanha enviando um e-mail para cidadania@oabpr.org.br ou participe@novoparana.com.br, ligando para 41-3321-5656, ou acessando a página na internet www.novoparana.com.br.

Os integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil no Paraná (OAB-PR) e representantes das entidades que encabeçam o  movimento “O Paraná que queremos”, agendaram para o próximo dia 8 de junho, às 18 horas, um ato público contra a impunidade e pela transparência na Assembleia. O evento – marcado para a Praça Santos Andrade – pretende alertar a população para que as denúncias contra o Legislativo não caiam no esquecimento, sobretudo em meio às comemorações  da Copa do Mundo.

Se manifeste e não deixe a sujeira ficar novamente debaixo do tapete. O movimento é uma ótima lição de cidadania que pode ser aplicada também em nossos municípios.

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Os anos enrugam a pele, mas renunciar ao entusiasmo de viver faz enrugar a alma.”

(Albert Schweitzer)

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