O vice-prefeito da Lapa e então candidato lapeano a deputado estadual contou os detalhes da saída da disputa à Tribuna nesta semana.
No dia 9 setembro o candidato a deputado estadual pela coligação União Pelo Paraná (PDT/PT/PMDB/PR/PCdoB), Leandro Borges da Silveira, recebeu a notícia de que o Tribunal Superior Eleitoral (STE) negou o seu registro de candidatura.
O então candidato a deputado e atual vice-prefeito da Lapa, esteve na redação da Tribuna na quinta-feira, dia 23 de setembro, explicando como decorreram os fatos de sua desistência às eleições de 2010. Leandro procurou trazer as informações à imprensa local para explicar aos eleitores lapeanos e da região os reais fatos que fizeram com que o TSE tomasse esta atitude.
T.R.: Como estava o andamento de sua campanha eleitoral?
Leandro: Estava muito boa. A campanha estava sólida, com grandes parceiros, bases fortes em boa parte do estado.
T.R: Qual foi o fato que desencadeou a sua desistência da campanha?
Leandro: Foi uma multa eleitoral cobrada por conta de uma propaganda irregular que veiculei no jornal Gazeta da Lapa, quando vereador na cidade da Lapa.
T.R.: Quais foram os fatos que desencadearam a multa? Somente você foi punido com a multa ou outros políticos também tiveram esta punição?
Leandro: Não, não fui somente eu que recebi a multa. Existia um processo contra mim e os outros quatro vereadores da época, por colocar uma propaganda eleitoral maior que a medida permitida na lei, veiculada no jornal Gazeta da Lapa. O processo iniciou-se e entrei com recurso, mas por erro do advogado que não comunicou a sentença judicial, não tomei conhecimento da sentença.
T.R.: Como aconteceu a comunicação a respeito do processo?
Leandro: O advogado responsável pelo caso deveria ter dado ciência da decisão e do valor a ser pago, mas não cumpriu com o seu dever. Sem ter informação a respeito deste fato, registrei minha candidatura no último dia possível, e fui comunicado que havia este processo, que estava com data expirada.
Se tivesse tomado conhecimento da sentença até um dia antes do registro, teria quitado com prazo legal e concorreria à disputa de forma tranqüila. Porém, ao quitar o débito com a justiça eleitoral fui comunicado que o prazo estava encerrado.
T.R.: Pode-se dizer, então, que um dos motivos desencadeantes foi uma perda de prazo?
Leandro: Sim. Como o prazo estava encerrado para a quitação do débito, o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná indeferiu o requerimento de registro de minha candidatura para concorrer ao cargo de deputado estadual pela Coligação União Pelo Paraná (PDT/PT/PMDB/PR/PCdoB), por ausência de quitação eleitoral. Pois, para os fins de quitação eleitoral, o pagamento de multa deve ocorrer até a data do pedido de registro de candidatura.
T.R.: Quanto a pesquisas de intenção de votos. Você chegou a fazer? Como estava a expectativa de votação em seu nome?
Leandro: Sim. E até fui surpreendido com os resultados. Em uma pesquisa feita pelo Prefeito Paulo Furiati, eu tinha 31% das intenções de voto. Uma boa margem. Já numa pesquisa feita por minha própria conta, há poucos dias, constatei que as intenções em meu nome estavam próximas a 48%.
T.R.: Com base nos fatos ocorridos, quais as intenções de futuro político?
Leandro: Primeiro quero agradecer a todos os que acreditaram em meu nome para a disputa a uma vaga de deputado estadual. Aproveito e digo a todos os que confiam em meu trabalho que, antes de mais nada, ainda sou vice-prefeito da Lapa e continuarei a trabalhar pela Lapa e pelos lapeanos. Em relação às disputas eleitorais, quero dizer que me entristeceu muito não poder participar das eleições 2010. Mas, sei que esta foi somente uma eleição. Outras virão e outras oportunidades surgirão.
Quanto a apoio político, estamos muito próximos ao dia 3 de outubro, o dia da escolha dos eleitores. No entanto, quem sabe qual é a coligação a que estou ligado, sabe quem apóio. Estou focando agora em auxiliar a campanha dos meus colegas de coligação, principalmente para governo do Estado. Com certeza, trarão muitos benefícios para Lapa e região.
