Mesmo com alta taxa de mortalidade e dificuldades para se manter, este setor é o que mais emprega e que gera renda.

Na terça-feira, dia 5 de outubro, comemorou-se o Dia Nacional da Micro e Pequena Empresa. A data foi instituída simbolicamente em comemoração ao início da vigência do primeiro Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, em 5 de outubro de 1999. Este estatuto refere-se ao tratamento jurídico diferenciado, simplificado, que favorece estas modalidades de empresa na questão de tributação, conhecido como o Simples Nacional.

Considera-se micro empresa, para efeito do Simples Nacional, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que arrecade por ano receita bruta igual ou inferior a R$ 240 mil. Já as empresas de pequeno porte são aquelas que arrecadam, por ano, receita bruta superior a R$ 240 mil, e igual ou inferior a R$ 2 milhões e 400 mil.

Na Lapa há um indicativo de que os pequenos negócios estão se fortalecendo: em dois meses de funcionamento da Junta Comercial no município, 100% das aberturas de empresas se referia às micro e pequenas empresas. Segundo o economista Adriano Hammerschmidt, estas modalidades representam em torno de 90% do total de empresas no município.

No entanto, assim como há a alta taxa de abertura e representatividade dessas modalidades empresariais na economia, há também a alta taxa de mortalidade das pequenas e micro empresas. Segundo Hammerschmidt, as principais causas que levam ao fechamento são o comportamento empreendedor pouco desenvolvido, a falta de planejamento prévio, a gestão deficiente do negócio, insuficiência de políticas de apoio, flutuações na conjuntura econômica e problemas pessoais do proprietário.

De acordo com o Sebrae, muitos dos micro e pequenos empresários não planejam ou realizam pesquisa antes de abrir o negócio, deixam de analisar dados como o número de clientes potenciais e seus hábitos de consumo, concorrência, fornecedores, localização, investimento necessário, aspectos legais e qualificação necessária da mão de obra.

Mas, mesmo que o empresário tenha seguido à risca orientações do Sebrae, tenha planado seu negócio e se preparado para empreender, ele ainda encontrará certas dificuldades no início de suas atividades. Segundo o advogado Petrus Jabur, a principal dificuldade encontrada pelas micro e pequenas empresas no Brasil é o acesso ao crédito. “Isso está vinculado à forma de constituição da empresa, que muitas vezes é feita através de sociedades limitadas, que no fundo são sociedades de fachada, no que tange ao 1% do sócio”, afirma Jabur. Além disso, o advogado cita a não existência de políticas para verificação da existência do capital social. “Com isso os agentes financeiros têm uma não confiança nestes tipos de micro empreendedores. Particularmente, eu vejo isto como um problema estrutural, de difícil solução e que deve ser pensado numa reforma legislativa breve”, finaliza.

Impactos

Sem planejamento adequado para a abertura da empresa e com dificuldade de acesso ao crédito, muitas das empresas estão fadadas à extinção. Segundo o Adriano, a mortalidade das empresas é um grande prejuízo para a economia do país, pois há toda uma demanda de valores tanto para abrir uma empresa, como para fechar o empreendimento. No entanto, também há o problema daquelas empresas que deixam de funcionar, mas não regularizam sua situação, deixando pendentes tributos como alvará e acarretando multas e dívidas.

Conhecimento

Por conta de todo o panorama de dificuldades encontradas por esses empreendedores, é necessário que os empresários busquem conhecimento, capacitação e orientação. Quem oferece este tipo de serviço é o Sebrae, que está representado na Lapa pela Associação Comercial e Industrial (ACIAL).

No momento a ACIAL está oferecendo dois mini cursos. No entanto, a procura ainda é pequena, tanto que um deles precisou ser remarcado para data posterior por conta da baixa procura.

Os mini cursos oferecidos pela Associação, através do Conselho da Mulher Executiva, tem como temas “Saiba como o Lay Out de sua Loja pode aumentar suas vendas” e “Preparando sua vitrine para o Natal”, que serão ministrados por facilitadora do SEBRAE, nos dias 22 de outubro e 4 de novembro. Os cursos acontecerão das 19h às 23h e terão o custo de R$ 20 cada. O objetivo dos mini-cursos é preparar o ponto de venda para receber o cliente, através da disposição do mobiliário e da exposição correta dos produtos.

A ACIAL, como de costume, está sempre atenta para melhorar o resultado de cada associado. E, com isso vê importante oportunidade de aumento do faturamento com a proximidade do final do ano e com a tendência natural do incremento de vendas.

Por esse motivo é que, além da Campanha de Natal, está promovendo também este mini-curso, para tentar estimular e sensibilizar ainda mais o consumidor nessa época tão propícia.

Para participar basta entrar em contato com a ACIAL e confirmar presença. Telefone: 41-3622-1022.