Ética e responsabilidade quando se trata de saúde

Facilitar uma cirurgia? Venda de medicamento facilitada? Uma reflexão a respeito das atitudes em relação à saúde, tanto do paciente, como em relação aos profissionais de saúde.

Já diz o velho ditado que com saúde não se brinca. E todos os que já tiveram problemas com isso sabem da veracidade do pensamento. Mas, infelizmente, é bastante comum encontrar profissionais sem escrúpulo algum, que por falta de valores e por ambição, dão orientações suspeitas a seus clientes e/ou pacientes.

E o problema também está do outro lado: o paciente, que muitas vezes por não ter o acesso aos recursos, ou pela demora nisso, acaba se deixando levar pela conversa de profissionais e compra medicamentos não adequados ou se submete a procedimentos sem o devido acompanhamento.

Iniciando pelo medicamento: a sua compra é coisa séria. Deve ser um ato de responsabilidade tanto de quem está comprando como também de quem está vendendo.

Hoje, pode até parecer coisas simples, se considerarmos o fato de que basta apenas escolher uma das milhares de farmácias existentes e efetuar a compra. Porém, o que de fato existe por trás do ato de “comprar” o medicamento necessário? O que acontece atrás dos balcões para que um cliente seja atendido? Quais os interesses envolvidos nessa relação?

Em primeiro lugar, temos o dever de lembrar que, independentemente do lado em que nos encontremos, consumidor ou comerciante, estamos tratando de assunto relacionado à saúde. Ética e responsabilidade são essenciais para que a simples ação de comprar ou vender um medicamento seja executada dentro de princípios morais e com absoluta transparência.

A primeira e principal situação que deve ser observada, sempre, está relacionada ao papel do médico e sua prescrição. Devemos sempre procurar um médico antes de comprar qualquer tipo de medicamento. Ele é o único profissional capacitado para avaliar o estado de saúde de cada paciente, a necessidade ou não do uso de medicamento para a melhora dos sintomas apresentados e em caso positivo, sua receita médica deve ser respeitada sempre.

O que nos interessa de fato então nessa situação? Procurar estabelecimentos que se preocupem, em primeiro lugar, em respeitar a receita que o médico prescreveu, não oferecer várias opções a mais para baixar o custo de tratamento sem a anuência do profissional médico e não praticar a “empurroterapia” de algo que pode trazer benefício ao estabelecimento em detrimento do consumidor.

Responsabilidade

Além da compra e venda de medicamentos sem receita médica. Outro problema bastante comum é o encaminhamento dos pacientes e clientes para profissionais ou estabelecimentos de saúde. As pessoas mais simples, iludidas com a rapidez no atendimento, acreditam que a qualidade será das melhores. Na hora da necessidade, não pensam duas vezes. “Para que esperar na fila do SUS, se o Fulano ou Beltrano me garantiram conseguir o procedimento antes do prazo dado?”

E então o paciente chega ao hospital e encontra um profissional que não o trata da melhor forma possível. Consequência de um sistema de saúde, público, mas que possui caminhos não tão corretos de se chegar aos procedimentos. Influência política que interfere no andamento do atendimento normal dos pacientes do SUS, e sufoca médicos e demais profissionais, que têm de atender primeiro os enviados dos “caciques” das regiões.

Aí acontecem os casos de pacientes que voltam para casa com o pé direito operado, quando na verdade o problema era no esquerdo…

Para que isso acabe? Somente a população se conscientize dos reais motivos que levam profissionais ou comerciantes a agirem desta maneira. Não se trata de bons samaritanos. Agem em benefício próprio e a conta quem paga é a população.

Comece a ficar mais atento e passe a observar quem age com responsabilidade para que seja merecedor de sua confiança.

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