O fim de ano vem chegando e, para a grande maioria das pessoas, é tempo de correria, cansaço acumulado por conta de um ano cheio de compromissos.

Folheando alguns livros e revistas encontrei um texto de Antonio Baggio, que se encaixa perfeitamente para momentos como esse, em que parece que a carga sobre os nossos ombros é muita.

O título do texto é A Luta. Acompanhe a reflexão que ele faz:

“Há uma força que impele para diante. Horizontes gastos não satisfazem. Não é por nada que se diz que viver é lutar. Existe no fundo de cada homem uma espécie de catapulta que o joga para diante, apesar dos muros que o interceptam. É a força do fermento que busca sempre suplantar a massa.

O homem é sequioso de batalhas e vitórias.

As calmarias não o seduzem, nem os entreguismos. Segundo alguns psicólogos, o homem não seria feito para o heroísmo, mas para a normalidade, o que não significa estagnação ou displicência. Também não basta lutar alguns dias, mas todos os dias, especialmente nos combates do espírito.

É na canha que se conhece o pique dos ginetes.

Viver sem lutar é viver sem merecimentos. Não a luta das selvas, do ter, do competir, mas a luta do autêntico, do sincero, do humano. A luta humilde de quem não tem nada a perder. A luta que se identifica com o plano de Deus. Cristão é o que desperta nos outros a vontade de lutar, de dar a vida, de recomeçar a cada manhã, de mãos dadas com os fortes e os fracos.

A luta faz desabrochar paisagens novas.

Se a formiga desaprimasse diante do primeiro empecilho, morreria de fome. Ela recomeça quantas vezes for necessário, até que a provisão esteja garantida.

Levantar-se das quedas é meia batalha ganha. O homem forte retira das derrotas nova força e novo desafio. Nada se consegue de braços cruzados, nas arquibancadas, na simples omissão.

É preciso colocar lenha na fogueira. É preciso fazer de si mesmo um rastilho. É preciso dizer: eu posso. É preciso dar valor ao degrau que sobe, mesmo que atravesse labaredas. É preciso dar vasão aos entusiasmos e sair na frente, sem letreiros ou badalações, apenas com ideais e vontade de chegar.

A luta é o preço da vitória. Ela garante a felicidade das bem-aventuranças, aquela que não tem ilusões ou interesses mercenários.

É você o responsável por seus atos. Não discuta, vá seguindo, mesmo que as ressonâncias sejam poucas. Vence quem persevera.”

É preciso viver por merecimento. Levantar a cada dia e encarar as dificuldades de frente, persistir. O fim de ano vem chegando e é preciso refletir, fazer um retrospecto: quanto você lutou neste ano? Foi o suficiente? Você lutou buscando destaque ou por um ideal, por entusiasmo?

De tudo o que passou, o que valeu realmente a pena?

É necessário parar por alguns instantes e refletir, analisar o que precisa ser mudado em si mesmo e entrar num novo ano aberto a melhorias.

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“Não imponha limites a si mesmo. Muitas pessoas se limitam naquilo que elas pensam que conseguem fazer. Você pode ir tão longe quanto sua mente deixar. O que você acredita você pode realizar!” (Mary Kay Ash)