CRÔNICA – Enxaqueca mal resolvida

No domingo de Páscoa, dia 24 de abril, eu me encontrava na Lapa, como venho fazendo há muitos anos, desde que resido em Curitiba.

Estava, confesso, ansiosa pela chegada desta data não só pelo calor da chama cristã que envolve a todos, como também pela alegre idéia de desfrutar de quatro dias de merecido descanso.

No sábado de Aleluia assisti a uma belíssima e comovente missa e tudo parecia correr bem. Na manhã do dia 25 fui despertava pala dolorosa visita da minha velha enxaqueca. Em plena Páscoa? Ninguém merece!

Fui contemplada com essa desagradável perturbação desde a adolescência e ela habitualmente vem acompanhada de cefaléia (dor de cabeça violenta e enjôos terríveis).

Como esse desconfortável problema (incurável, segundo dizem os especialistas) infelizmente é uma constante em minha vida, é claro que sei quais medicamentos me ajudam a combatê-lo: Naramig ou Sumax.

A dor se tornou ainda mais violenta, quando, na cama, aguardando pelo milagroso medicamento, meu namorado chega com a notícia que caiu como uma verdadeira bomba: a única farmácia de plantão da cidade não dispõe em seu estoque de nenhum desses medicamentos!

No meu caso, quando acometida por essa dor, nenhum outro medicamento resolve, e olha que disso eu tenho grande conhecimento de causa! O que chegou até minha casa foram apenas paliativos, enquanto minha cabeça fervia…!

Finalizando a triste história. Tive de voltar a Curitiba para curar minha enxaqueca, por mais incrível que isso possa parecer!

Assim foi meu domingo de Páscoa: muita dor de cabeça e total indignação com profissionais que deveriam zelar pala saúde da população.

Uma farmácia de plantão não se limita a uma porta aberta (quase sempre uma portinhola), onde, de má vontade, um atendente espera um cliente. E, o que é pior: não tem medicamento para vender!

Uma farmácia deve, sim, abrir sua portas nos dias de plantão, em atitude de acolhimento, educação, afabilidade e, sobretudo, profissionalismo.

Acho mesmo que muitos profissionais pararam no tempo, infelizmente…

Meu objetivo com este texto, é manifestar minha indignação diante daquilo que considero total descaso para com a população lapeana. Não quer participar dos plantões? É chato trabalhar nos finais de semana? Está de mal humor? Sua farmácia está desfalcada? Então não participe, ora!

Uma pergunta que não quer calar: por que só uma farmácia de plantão? Já perdi a conta de quantas drogarias a Lapa dispõe. Não poderiam ser duas?

Jamais deixarei de voltar à minha cidade nos finais de semana. Mas, na minha mala cuidarei para que não faltem meus fiéis companheiros, Naramig e Sumax!

Lapa, 15 horas de enxaqueca e farmácia sem medicamento, nunca mais!

Quero deixar claro que meu pequeno manifesto se dirige apenas aos estabelecimentos despreparados, especialmente ao plantão do dia que, com certeza, não esquecerei: 24 de abril. Quanto aos outros, não foram poucas as vezes em que fui muitíssimo bem atendida, além de encontrar tudo de que precisava!

A propósito, a Capital da Cultura está simples e naturalmente linda… Mas, por favor, terminarem aquele Trevo logo…

Please follow and like us: