Crítica – Rx do “esporte” lapeano na atualidade

Acompanhando um “jogo de futebol” em uma tarde de sábado no município da Lapa, consegui responder para mim mesmo duas perguntas que sempre me atormentavam: “Por que o esporte lapeano não vai para a frente?” e “Por que aqueles que ainda estão à frente de competições acabam se desmotivando e um dia desistindo?”

O jogo que assisti, para mim foi a resposta. Primeiro, começando pela arbitragem: a arbitragem somente será competente na Lapa quando o árbitro tiver um nome que termine com “ão”, como por exemplo “Paulão”, “Zecão”, “Pedrão” etc., e, se além do nome, o árbitro tiver um porte físico avantajado. Se tiver dois árbitros apintando um jogo, o menor vai sempre sofrer e o maior vai ter mais tranqüilidade. Foi isso que todos perceberam no jogo do Futebol Sete. Alguns que têm o nome terminado com “inho” se arriscam a ofender física e moralmente os heróis que ainda estão fazendo algo pelo esporte. Mas, quando o árbitro tem o tipo físico citado logo acima, os “inhos” da Lapa acabam se agalinhando e até aplaudindo os “grandes” árbitros. Alguns acham que porque estão pagando inscrições e arbitragens tem o direito de agredir as pessoas. Mas, como alguém em sã consciência vai organizar um campeonato de graça para esses tipos de esportistas desfilem seu pretenso “futebol”?

Lembro-me de um fato ocorrido há tempos, em um jogo de futebol sete na Lapa, quando um “atleta” de família conhecida teve a idéia de agredir um árbitro cujo nome termina com “ão”. Como diz o lapeano, foi a pior viagem! Levou um catiripapo no ouvido, que até hoje deve ouvir uns zumbidos diferentes. Sou totalmente contra qualquer tipo de violência, mas, nesse caso, foi um santo remédio.

O esporte lapeano pede socorro. O problema não é a arbitragem, mas as provocações que as equipes de “futebol” fazem umas para as outras, no meio da semana. E, com isso criam animosidades que acabam sendo transferidas para o campo de jogo. Quando terminam as cenas grotescas do nosso esporte, os dois times se empurram, se agridem verbalmente e formam dois grupinhos que se entrelaçam e rezam a oração do Pai Nosso. A mais rápida do planeta terra (na verdade não é rezado, é gritado). Talvez pensem eles que o Pai do Céu é surdo. Terminadas as orações, em seguida voltam às agressões verbais. Simplesmente ridículo!

Essas palavras não têm o intuito de agredir ninguém. Ao contrário. Esperam abrir um debate ou, quem sabe, os meninos da Lapa possam colocar a mão na consciência e ver que temos um passado no esporte que é diferente deste quadro atual. Os meninos da Lapa precisam do esporte, mas de um esporte consciente e sem violência. Pense nisso!

Esse é o meu ponto de vista!

O autor preferiu não ser identificado, para não correr o risco de sofrer eventuais retaliações por parte dos “atletas” lapeanos que, por ventura, não venham a entender o sentido desta crítica.

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