Diretores do São Sebastião respondem questões sobre problemas apontados pelo Governo do Estado

No dia 9 de setembro, sexta-feira, o Clube de Imprensa se reuniu nas dependências da Rádio Dimensão FM para entrevistar os Diretores do Hospital Regional da Lapa São Sebastião a respeito das declarações do Governo do Estado. O Diretor Administrativo, Roberto Luiz Angelo, e o Diretor Geral, Dr. Gaspar Bornancin foram questionados pelas equipes da Rádio Legendária, Rádio Dimensão Fm, A Tribuna Regional e TV Lapa.

Em nota divulgada pela Agência Estadual de Notícias, o secretário da Saúde, Michele Caputo Neto, afirmou que “o governo anterior construiu um centro cirúrgico e o inaugurou sem que tivesse condições de funcionamento, além de prometer atendimento à população que está fora de seu foco de atuação”. Caputo Neto também afirmou que “o hospital da Lapa é referência estadual para tisiologia (tratamento de tuberculose) e não se caracteriza como hospital geral”. Entre as informações divulgadas pelo Secretário, também estavam as de que haveria deficiência da rede elétrica do hospital, sendo que um laudo preliminar da Copel indicava que deveria ser feita ampla reforma no sistema elétrico, o hospital também não teria rede de esgoto nem projeto de prevenção de incêndios, o que inviabilizaria a licença para funcionamento do novo centro cirúrgico.

Sobre estes pontos, os diretores foram questionados.

Qual é a posição da Direção quanto aos problemas com o centro cirúrgico?

Quando assumimos o centro cirúrgico ele não estava pronto para funcionar, ele não estava e não está conectado à rede elétrica. O hospital São Sebastião tem uma rede elétrica saturada, seguidamente temos queda da energia no hospital. Não temos energia o suficiente para pôr o centro cirúrgico funcionar. Ele foi inaugurado dia 29 de dezembro de 2010. É preciso a aprovação de projetos para o melhoramento da estrutura elétrica. O projeto foi enviado para a Copel no dia 27 de dezembro, sendo que eles tem um prazo de 180 dias para responder a proposta do projeto. Estamos aguardando.

Quanto à reforma elétrica. O primeiro prazo de 180 dias já passou, como está a situação da rede elétrica hoje?

No dia 30 de junho de 2011 tivemos a informação que o primeiro projeto para a rede elétrica foi aprovado pela Copel, agora vem a parte da vistoria que já aconteceu, o próximo passo só será dado após o dia 14 de setembro, quando haverá uma reunião na Copel em Curitiba.

O Hospital sofre com problemas sanitários?

Problemas sanitários vêm acontecendo desde 1927, quando o hospital foi inaugurado. Quando assumimos o hospital identificamos o problema e ele está remediado da seguinte maneira: nenhum efluente está sendo lançado em nenhum rio, todo o material está sendo aspirado diariamente por um caminhão limpa fossa e sendo destinado, em parceria com a Sanepar, para a estação de tratamento de esgoto. Com a nova estação de tratamento da Sanepar, que esta sendo construída, o problema será resolvido. Não sabemos informar o cronograma da obra, pois não pertence ao nosso departamento.

O centro cirúrgico vai funcionar?

Deverá funcionar dentro da sua capacidade de atendimento, com cirurgias de pequeno e médio porte. Essa é a informação disponível no momento.

A Ala Pediátrica vai ser reaberta?

A perspectiva nossa é de que, ao final das obras que estão acontecendo, ela volte a funcionar sim.

A Clínica Médica corre risco de fechar?

Ela está e continua operando normalmente, qualquer outra informação é mentirosa e sem fundamento nenhum.

Qual a estrutura do hospital hoje?

A intenção dessa administração é lutar pela modernização do hospital, estamos em plena reforma na tisiologia. Vamos lutar para trazer modernidade a todas as alas e a segurança a todos os funcionários.

Em relação ao desencontro de informações entre os governantes?

O que vale é última palavra do Secretário Estadual de Saúde, Michele Caputo, que no dia 30 de agosto afirmou no programa Bom Dia Paraná, que o hospital vai funcionar normalmente após as reformas.

Em relação a prevenção de incêndios, qual a situação atual?

Existe um sistema de prevenção de incêndio. Ele está instalado, porém o corpo de bombeiros pede adequações. Hoje o que falta é uma brigada de incêndio. Oficialmente temos pessoas que trabalham no São Sebastião que têm cursos e eventualmente sabem o que fazer em um caso de urgência.

Qual é a expectativa do término das obras na tisiologia?

As reformas iniciadas em junho vão atender três alas do hospital, a primeira é a tisiologia masculina, tisiologia feminina e o setor de circulação que une as duas alas. Se tudo ocorrer bem, em 14 meses teremos a conclusão das obras. Pórem, podem ser incluídas mais obras que podem atrasar o prazo final.