A quem importa que o Hospital São Sebastião seja REGIONAL?

Estamos vivenciando um momento decisivo nas questões da saúde em nossa cidade, em especial as que tratam da continuidade do trabalho realizado no Hospital da Lapa São Sebastião para que este de fato seja um hospital regional.

Há mais ou menos três anos recebemos com muita alegria a notícia de que o Hospital São Sebastião seria transformado em um hospital regional, que seriam investidos recursos e contratado pessoal especializado. Tudo isso na intenção de descentralizar o atendimento especializado de Curitiba, possibilitando acesso sem a necessidade de grandes deslocamentos.

Com isso ficaria fácil perceber que a rede de atendimento à saúde em nossa cidade seria ampliada trazendo segurança e mais qualidade para todos, pois a obrigação da Prefeitura é de garantir atendimento básico, o atendimento realizado nos postos de saúde. Já o atendimento de maior complexidade – especialistas, cirurgias especializadas e exames sofisticados -, por lei é de responsabilidade dos governos estaduais e federal.

Mas é claro que não havendo o suporte de um hospital regional a prefeitura não poderia desamparar seus cidadãos. Desta maneira vamos além de nossas obrigações, mantendo convênios e transporte de pacientes para outras cidades. E fazemos isso porque a população, quando precisa, não quer saber de quem é a responsabilidade, ela quer ser atendida e ter o acesso à saúde que a Constituição garante, independente de quem paga a conta.

Agora, imagine você se todo recurso que aplicamos no transporte de pacientes, exames pagos para clínicas particulares, como tudo seria diferente se tivéssemos em nossa cidade o tão sonhado Hospital Regional São Sebastião com a infraestrutura sonhada.

Por certo a economia que seria feita poderia servir para aplicarmos ainda mais nas unidades de atendimento básico, contratando mais profissionais e melhorando a estrutura existente. Desta forma fica evidente que não podemos tratar as duas coisas separadamente, afinal a qualidade do atendimento municipal tem haver com a disponibilidade do atendimento de média e alta complexidade que poderiam ser realizados aqui no Hospital São Sebastião, o Hospital do Estado.

É visto que quando se tem espaço necessário e investimentos são feitos conseguimos muito sucesso. Por exemplo, a Prefeitura mesmo tendo que investir a mais nas áreas de média e alta complexidade de atendimento continua a aplicar recursos na saúde básica, inaugurou a Clínica Pediátrica e a reforma da nova unidade de Saúde Dr. Eugênio Alves Guimarães, ao mesmo tempo está em reforma a maternidade Humberto Carrano com o apoio do Legislativo, nos próximos dias inaugurará a nova Clínica da Mulher, outra importante obra é a UPA-Unidade de Saúde 24 horas que está sendo construída ao lado da agência do INSS. Além disso, estamos licitando mais 2 novos postos de saúde no interior e reformando um terceiro no Feixo.

Hoje contamos com 54 médicos contratados pela Prefeitura divididos em plantões diversos por todas as unidades, nossa rede atende 50 mil procedimentos por mês, transportamos mais de 2 mil pessoas para consultas especializadas, transporte diferenciado para os pacientes de hemodiálise, mutirões de eco mamária aqui na cidade e transporte para mutirões de mamografias em Curitiba. Mantemos convênios para exames, além de atendimentos de UTI e cirurgias no hospital do Rocio em Campo Largo, convênio este que garantiu a vida de milhares de pessoas nos últimos anos.

Fica fácil notar que a Prefeitura da Lapa vem trabalhando duro para melhorar a estrutura de atendimento à Saúde, mas para o sucesso disso depende também que a Lapa não perca o seu hospital regional, pois havendo vontade todos os problemas que ali existem, ou a falta de estrutura apontada podem ser sanadas. A maioria dos procedimentos que a Prefeitura paga a conta para fazer em Curitiba ou em outras cidades poderiam ser economizados.

Como um simples comparativo, a estrutura montada para que o Hospital São Sebastião fosse de fato um hospital regional foi de aproximadamente 600 funcionários diversos e médicos de várias especialidades, isso é duas vezes o número de profissionais que a estrutura municipal de saúde tem. Ou seja, a Lapa precisa deste reforço e as pessoas precisam entender de quem é a responsabilidade.

Estamos preocupados com esta situação assim como toda população e o Conselho de Saúde. Afinal, como sempre quem sofre é o povo. Mas precisa ficar claro de que lado estamos trabalhando.

Paulo Furiati, Prefeito Municipal da Lapa

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